O Sindicato dos Bancários da Paraíba realizou nesta segunda-feira (11), em assembleia geral extraordinária, a aprovação em unanimidade do Pré-acordo de negociação 2018 e a Minuta da Campanha Nacional da categoria, que tem data base em setembro.
Ambos os documentos são fruto das principais reivindicações definidas, no último domingo 10, pelos 627 delegados e delegadas eleitos em todo o Brasil, durante a 20ª Conferência Nacional da categoria, que contemplam aumento real para os salários e demais verbas, defesa da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com todos os direitos para todos os trabalhadores da categoria; manutenção da mesa única de negociações entre bancos públicos e privados; dos empregos, com a proibição das demissões em massa e garantia que nenhum bancário receba PLR menor em 2018.
Durante a explanação das pautas, que foi exposta pelo presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcelo Alves, foram discriminados os itens para a apreciação dos presentes na votação. Dentre os eles: autorização para a diretoria do Sindicato negociar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e da PLR e Acordos Coletivos Aditivos à CCT, bem como a cobrança da contribuição negocial como cláusula da CCT para todos, como mecanismo de participação dos trabalhadores na sustentabilidade dos sindicatos, federações, confederação e central sindical.
Na análise feita pelo presidente, o alerta à toda categoria da gravidade acerca da greve foi exposto, diante o cenário adverso que a classe trabalhadora enfrenta com a vigência da ‘de’forma trabalhista. “Fizemos várias lutas contra a Reforma trabalhista e muitas mobilizações sobre a possibilidade do fim da aposentadoria, essa última lograda êxito que rendeu o adiamento da votação da Reforma da previdência. Para quem não lembra, estivemos a todo momento atentos e atuantes. Nada caiu do céu, nada veio dado ou doado. Tudo é fruto de muita luta e resistência”, ressaltou.
Segundo ele, ao longo 26 anos de Convenção Coletiva, a categoria tinha a garantia que durante a greve ninguém atacaria os direitos. Agora é diferente e a luta é para manter o que já foi conquistado. É sabendo de todas essas adversidades, que o próprio comando tirou a estratégia de antecipar as negociações.
“Precisamos entender a conjuntura em que o país se encontra agora e de como era antes. Fazendo essa comparação iremos perceber, que no tempo do governo do PT não havia nada do que estamos passando agora. Tínhamos o poder e a liberdade de fazer greve, sem falar nas conquistas de aumento real e ampliação dos direitos. Agora, a partir de setembro podemos perder tudo que foi conquistado com muito sofrimento e luta da categoria. Está bem claro o que queremos e iremos com a unidade de toda a categoria realizar uma vitoriosa Campanha Nacional”, destacou.
Ainda lembrou que os golpistas traidores da classe trabalhadora não terão vez nessa eleição. “Cabe a cada trabalhador fazer a reflexão de quem realmente tem compromisso em defesa da classe trabalhadora. É por isso, que precisamos olhar e ver em quem iremos votar em outubro. Não basta só colocar um presidente de esquerda. Temos que colocar deputados e senadores que tenham compromisso com o povo brasileiro”, frisou.