Nesta quarta-feira (20), Dia Nacional de Luta, os empregados da Caixa Econômica Federal vestiram branco em defesa do Saúde Caixa, ante os ataques do governo golpista à instituição financeira pública e ao plano de saúde dos funcionários. Exibindo cartazes, os bancários da Caixa demostraram toda a indignação às manobras espúrias para o desmantelamento dos bancos públicos, com objetivo de enfraquecê-los e facilitar a privatização.

A diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba percorreu diversas agências de João Pessoa, dialogando com as bancárias e os bancários, bem como explicando à sociedade  os motivos desse protesto silencioso. “Várias foram as tentativas da direção da Caixa em mudar o plano de saúde dos empregados, frustradas por ir de encontro aos acordos coletivos vigentes. Portanto, todo cuidado é pouco, pois o banco está só esperando expirar a vigência da Convenção Coletiva de Trabalho, em 31 de agosto, para se valer da legislação trabalhistas gestada pelo golpe e prejudicar o funcionalismo da Caixa”, denunciou a dirigente sindical e funcionária da instituição financeira, Silvana Ramalho.

As resoluções publicadas pelo governo e a recente alteração no Estatuto da Caixa propõem um limite correspondente a 6,5% da folha de pagamento para a participação do banco nessas despesas, à revelia do modelo de custeio previsto no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que vigora até agosto. Desde 2004, a Caixa paga 70% das despesas assistenciais do Saúde Caixa e os usuários os outros 30%.

O presidente do Seeb-PB, Marcelo Alves, repudiou as atitudes mesquinhas dos dirigentes do banco público e suas manobras contra os trabalhadores, a mando de um governo ilegítimo. “Achando pouco o fechamento de agências e o desfalque nos quadros das agências, que geram sobrecarga de trabalho e adoecimento dos empregados, querem enfraquecer o Saúde Caixa, justamente quando o funcionalismo mais necessita de cuidados médicos. Precisamos dar um basta nesse absurdo. Por isso, necessitamos mais do que nunca mobilizar a categoria e fortalecer a luta na campanha nacional deste ano, a primeira após a nova legislação trabalhista. Essa luta é de todos nós. Portanto, todos por tudo!”, concluiu.