Os dados são da Associação de Aposentados e Pensionistas de Fortaleza (Aapefort), que tem 5.600 membros – 15% dos quais foram assaltados, no ano passado, na hora de buscar o dinheiro. Por mês foram, em média, 70 pessoas de 60 anos ou mais vitimadas pelo crime de "saidinha de banco".

O presidente da entidade, Eduardo Lima, também chama atenção para o levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), realizado em 2012. Segundo o estudo, seis pessoas com mais de 60 anos foram mortas durante assaltos envolvendo bancos. "É preciso mais segurança para os idosos, até porque é a faixa da população mais frágil e, por isso, alvo fácil para os bandidos", afirma ele.

A questão foi tema de conversas nas rodas de idosos nas festividades que marcaram o Dia do Aposentado, em Fortaleza, ontem. Na avaliação de Eduardo Lima, com uma população de 160 mil pessoas com 60 anos ou mais, Fortaleza merecia ter mais cuidados com eles. "Alguns chegam na associação tremendo, indignados ou contando histórias incríveis, como foram abordados com facas, revólveres ou até com caco de vidro", diz.

Prevenção

O aposentado Fernando César Rocha, de 61 anos, afirma que conhece muitas vítimas de "saidinhas de banco". "Eu nunca fui, graças a Deus. Tomo muitos cuidados como só sacar em locais movimentados", ressalta. A também aposentada Isabel Gomes Martins, de 65 anos, diz que fica sempre "de olho" quando precisa ir ao banco ou casa lotérica. "Levo companhia e não retiro muito dinheiro", conta.

De acordo com o titular da Delegacia de Roubos e Furtos, Romério Almeida, a principal maneira de se prevenir contra a "saidinha de banco" é evitar sair do banco com grande quantia de dinheiro. "É indicado que o cliente, caso precise ir à agência para fazer uma grande movimentação, opte por outros tipos de transferência, como pela internet", aconselha.

Ainda segundo o delegado, ao perceber algo estranho no estabelecimento, a pessoa deve entrar em contato com a Polícia através do número 190. Olhar bem para os lados e não aceitar ajuda de estranhos são outras dicas do oficial.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste