Na manhã desta terça-feira (30), primeiro dos dois dias do encontro do Conselho de Política Monetária (Copom), bancárias e bancários, com a participação da CUT, outras centrais sindicais e movimentos sociais, protestaram contra a política monetária do Banco Central do Brasil em frente à Agência Cabo Branco, da Caixa Econômica Federal, em João Pessoa – PB.
A atividade faz parte do Dia Nacional de Luta Contra os Juros Altos e com o tema #MenosJurosMaisEmpregos os manifestantes falaram à sociedade pessoense sobre os impactos negativos dos juros altos para a classe trabalhadora e a sociedade em geral.
“Entre outros malefícios, os juros altos tornam os alimentos mais caros e os empréstimos mais onerosos, disponibilizam menos recursos para as empresas criarem empregos e os governos de investirem em infraestrutura e políticas sociais. Ou seja, os juros altos favorecem os ricos, impedem o crescimento econômico do país e penalizam os pobres”, explicou o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida.
“Estamos aqui na agência Cabo Branco, da Caixa, para protestar contra a política monetária de juros altos que encarecem tudo e só privilegia os especuladores. O setor produtivo só pode crescer e gerar empregos com juros baixos e é um dos motivos que fazemos esse Dia Nacional de Luta contra a especulação financeira”, justificou Magali Pontes, diretora do Sindicato dos Bancários e dirigente da CUT Paraíba.
“Hoje o Comitê de Política Econômica (Copom) está reunido e, segundo a imprensa, o presidente do Banco Central, Campos Neto, tende a não só reduzir como aumentar a Selic, que é a taxa básica de juros. E quanto mais alta a Selic, mais altos são os juros que aumentam o custo de vida e impedem o crescimento da economia e a oferta de mais empregos”, alertou Carlos Hugo, diretor do Sindicato dos Bancários.
Eu lembrei agora de uma reunião que participei no CDL sobre a revitalização do centro de João Pessoa, no mês de maio, quando me perguntaram sobre o que justificava os bancos cobrarem do cheque especial juros anuais de 450%. E eu respondi que não tinha justificativa, pois naquela época a taxa Selic estava em 13,75%. Então, se os bancos colocassem taxa de administração, taxa operacional, risco do banco e, mesmo assim, nada justifica termos no Brasil a maior taxa de juros do mundo. É por isso que estamos protestando contra esse absurdo e exigindo ‘Fora Campos Neto’”, arrematou o diretor do Sindicato e funcionário do BB, Paulo César “PC”.