É reponsabilidade objetiva: quem oferece o serviço tem de garantir sua execução; tem de ter caixa

Nesta quinta-feira (8), sob a coordenação do Sindicato dos Bancários da Paraíba, os caixas do Banco do Brasil protestaram contra a extinção da função de caixa na instituição financeira pública, em frente ao Condomínio do Banco do Brasil na Praça 1817, João Pessoa-PB. Usando faixa, carro de som e vestindo camisetas com o lema “Sem caixas não há atendimento ao público”, fizeram um ato público e retardaram em uma hora a abertura do expediente.

Os manifestantes foram unânimes em alertar a população sobre os malefícios da medida tomada pela direção do BB durante o governo Bolsonaro, em 2021, dentro de um projeto de viés ultraliberal com o objetivo de manchar a imagem do banco público e facilitar sua privatização.

“É um absurdo o que está acontecendo no Banco do Brasil com a extinção da função de caixa e a suspensão do pagamento da gratificação aos escriturários que executam esse serviço. Estamos aqui neste dia nacional de luta para denunciar à sociedade essa medida unilateral e arbitrária porque os serviços de caixa são imprescindíveis. A população precisa ser atendida presencialmente”. Magali Pontes, funcionária do BB e dirigente sindical.

“O Banco do Brasil está extinguindo a função de caixa, o Itaú eliminou a função de tesoureiro e o Santander a de gerente administrativo. Mas, os serviços inerentes à essas funções continuam sendo executados sem o pagamento justo por esses bancos que estão lucrando muito. Recentemente andei pelo Cariri e pelo Sertão e vi filas enormes sem caixas para atender”. Carlos Hugo, funcionário do Itaú Unibanco e dirigente sindical.

“O BB está seguindo a lógica do mercado financeiro, quer fechar os caixas e deixar a população se virar sozinha. Se precisar de algum serviço, que busque solução na internet ou no autoatendimento. Na verdade, quer eliminar um serviço do qual muitas pessoas dependem. Se o banco não recuar, ficarmos sem a função e sem o pagamento da gratificação, temos o direito de não executarmos os serviços de caixa”. Eziel Inocêncio, caixa do BB.

“As agências agora estão retirando os caixas. Se retiram os caixas, não movimentam numerário. Então, na lógica dos bancos podem tirar também as portas giratórias e os vigilantes. Nós vamos resistir e o caminho é procurarmos o Ministério Público porque é a reponsabilidade objetiva: quem oferece o serviço tem de garantir sua execução, tem de ter caixa. Vamos continuar protestando até o banco recuar”.  Paulo César, funcionário do BB e dirigente sindical.

“Na qualidade de cliente do Banco do Brasil, estou indignado com essa medida absurda de extinguir a função de caixa e não pagar a gratificação. Como pode um banco que obtém lucros astronômicos e patrocina eventos gigantescos extinguir a função de caixa? Quem vai nos atender quando precisarmos ou a aposentadoria de uma idosa e doente? O banco tem de rever esse absurdo”.  Kubitschek Pinheiro, cliente do BB e jornalista.

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