Com o mote "Assédio Moral faz mal. Tô fora!", a campanha teve como objetivo principal proporcionar um ambiente de trabalho mais saudável, cooperativo e consequentemente produtivo.
A mesa de abertura do evento contou com a presença de: Maria Rita Serrano, presidenta do Sindicato; Everaldo Coelho da Silva, superintendente regional da Caixa do ABC; Sérgio Takemoto, presidente da Apcef/SP (Associação de Pessoal da Caixa de São Paulo) e Pedro Eugenio Leite, diretor-presidente da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal).
"Vale destacar que nós (bancários) somos a única categoria do país que até o presente momento assinou um Acordo Coletivo para registrar os conflitos trabalhistas, com a criação de um canal de denúncias sobre assédio moral e a nossa primeira grande vitória deste acordo foi ter feito os bancos reconhecerem que o problema existe", comemora Maria Rita e ressalta que este é um debate fundamental nas nossas vidas hoje.
Na ocasião houve a apresentação de dois painéis de debates. O primeiro, que contou com a mediação de Fábio Dias de Andrade, gerente nacional da GN Relacionamento com o Empregado e de Juvandia Moreira Leite, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, abordou o tema "Compreendendo o Assédio Moral no Ambiente de Trabalho".
"O conceito principal do nosso acordo coletivo é a solução dos conflitos no ambiente de trabalho. Desde a checagem das denúncias, ao encaminhamento aos bancos e posterior fiscalização das medidas necessárias para dar fim ao assédio moral. Tudo sempre vai visar que essa conquista histórica torne-se cada vez mais eficaz em tornar mais saudável o ambiente de trabalho", lembra Juvandia Moreira.
O segundo painel contou com a apresentação de Maria Vegi, advogada do Sindicato dos Bancários do ABC e Professora da Fundação Santo André, que explicou o Assédio Moral e seu aspecto jurídico para os bancários presentes.
Segundo Maria Vegi, mesmo sem a existência de uma lei federal específica sobre o Assédio Moral, não significa que o judiciário deixará de julgar esta questão, pois em uma ação de dano moral, por exemplo, a esfera de sua interpretação se faz presente na constituição federal. "O primeiro artigo da constituição brasileira defende a dignidade da pessoa humana. E isso significa que o ser humano é o fim de si mesmo. Ele tem de ser respeitado pelo simples fato de ser um ser humano", explica.
Campanha
A campanha que compreendeu a semana de 15 a 18 de fevereiro contou com canais seguros de comunicação por meio dos quais os empregados puderam se manifestar sobre ocorrências tais como todo tipo de discriminação, assédio moral e sexual, entre outras formas de preconceito no ambiente de trabalho.
Fonte: Contraf-CUT