Emoção marca ato em homenagem a Rubens Paiva e na defesa da democracia

Atividade na Tijuca, em frente ao antigo DOI-Codi, traz para a memória nacional, a importância dos brasileiros e brasileiras que foram perseguidos pela ditadura militar e defenderam a liberdade democrática

Trabalhadores, estudantes, sindicalistas e representantes de movimentos sociais participaram nesta quinta-feira (27), do ato “Ocupa Rubens Paiva: Tortura Nunca Mais”. A atividade aconteceu na Praça Lamartine Babo, na Tijuca, diante do busto do engenheiro e político trabalhista Rubens Paiva, preso, torturado e assassinado pelo regime militar. O local fica em frente ao antigo DOI-Codi, onde dezenas de brasileiros, inclusive Rubens, Eunice e Eliana Paiva foram torturados pelos militares e hoje funciona o Batalhão da Polícia do Exército.

Um dos momentos de grande comoção foram as homenagens e moções à família de Rubens Paiva e durante o painel que mostrou imagens do político.

Luta pela democracia

A manifestação já estava marcada antes da data do julgamento da 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), na última quarta-feira (26), quando a Suprema Corte aceitou as denúncias contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete acusados, entre militares do alto escalão e políticos que se tornaram réus no processo.

“Curioso que este ato já estava marcado e, coincidentemente, é um dia após o processo em que o STF considera réus Bolsonaro e outros setes acusados que tentaram um golpe de estado, abolir o estado democrático de direito, matar o presidente da República, o vice-presidente e o ministro do Supremo e tentaram calar a voz da democracia”, disse durante a manifestação o deputado federal Reymont (PT-RJ), em declaração para a Imprensa do Sindicato dos Bancários do Rio, destacando a memória de Rubens Paiva, parlamentar trabalhista e de Rubens Alves, pastor presbiteriano, teólogo, psicanalista e escritor que também foi perseguido pelo regime militar e acabou se exilando nos EUA com sua família.

“Este ato é fundamental para a gente demarcar e estamos aqui lutando pela democracia. Aqueles que atentam contra o nosso país não passarão. Rubens Paiva vive”, completou Reymont.

Memória Nacional

O deputado federal Chico Alencar também falou sobre a importância do evento.

“Estamos em 2025 e nós, que somos da geração 68 e vimos tantos amigos presos e desaparecidos para conquistar as liberdades democráticas, nos preocupamos hoje com o apagamento da memória, a conivência com o autoritarismo e a apatia de parte expressiva da sociedade em relação à nossa ainda frágil construção democrática, o que é muito surpreende e negativo. Portanto, os sindicatos, as organizações populares voltamos a ocupar as praças, os nossos lugares, e este ato na semana que relembra o golpe empresarial e militar de 1964 é muito bom para reavivar a memória e reacender as nossas lutas”, declarou o parlamentar psolista, revelando que as manifestações continuarão até o dia 1º de abril, “o dia da mentira do golpe que dizia que iria salvar a democracia no Brasil, mas a sufocou e abriu uma página infeliz da nossa história”, completou.

Participaram também do ato, os deputados federais, Jandira Feghali (PCdoB) e Tarcísio Motta (PSOL), a deputada estadual do PCdoB Dani Balbi e a vereadora petista do Rio de Janeiro, Maíra do MST.

Palhano vive

A diretora da Secretaria de Imprensa do Sindicato dos Bancários do Rio, Vera Luiza Xavier, falou da emoção que é sempre relembrar do bancário e ex-presidente do Sindicato, Aluísio Palhano, também dado como “desparecido”, mas cujas ossadas foram encontradas em 2018, confirmando seu assassinato pelo regime militar.

“A nossa cidade precisa de um busto do Palhano, que também deu sua vida pela democracia e pela soberania nacional. Quem sabe a gente não consegue esta homenagem no local, que para nós é o Largo dos Bancários, na Rua do Ouvidor com a Avenida Rio Branco”, declarou emocionada.

Mais bancários perseguidos

O saudoso sindicalista Jorge Couto, do Banco Mercantil, vice-presidente na chapa de 1971, mas foi impedido de tomar posse, relatou na Comissão Nacional da Verdade em novembro de 2013, a respeito da intervenção do regime militar no Sindicato (1972 a 1979) e a perseguição de dirigentes sindicais, como Luis Viega, Humberto Menezes e o próprio Palhano. A presidenta do Sindicato nos mandatos 1994-1997 e 1997-2000, também foi presa e tortura pela ditadura, quando ainda era estudante.

População negra – O evento foi aberto com painel de entidades representativas da população negra e que debateu a importância do corte racial, de gênero e sexualidade, no sentido de resgatar o que estas comunidades sofreram durante as arbitrariedades da ditadura. Os participantes criticaram ainda resquícios do regime autoritário, que criou o modelo de segurança pública e da Polícia Militar, que ainda hoje persegue as comunidades pobres e executa negros e negras.

As entidades denunciaram as ações policiais, que matam uma pessoa negra a cada quatro horas no país, a maioria jovens negros das favelas e periferias.

Fonte:  Imprensa SeebRio/Carlos Vasconcellos

 

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