As manifestações por todo o Brasil vão reivindicar a retomada das contratações e de melhores condições de trabalho, além de dizerem não ao desmonte do banco

 

Os bancários da Caixa de todo o pais realizam, nesta quinta-feira (24), o Dia Nacional de Luta contra a reestruturação do banco. Os protestam serão contra à extinção de unidades, contra os remanejamentos de funcionários, contra descomissionamento e contra a todas as mudanças que rompem com compromissos trabalhistas e com o papel social que o banco representa para a sociedade brasileira.

Enfim, é dia de reafirmar que os empregados não concordam com uma reestruturação que teve início em 10 de março deste ano, sem a mínima negociação com os sindicatos e federações, muito menos com a sociedade. A diretoria da Caixa não pode simplesmente desmontar um banco que acrescenta valor para a sociedade brasileira há 155 anos. Por isso, o sucesso da ação deste Dia Nacional de Luta será mais visível para a sociedade brasileira se todos os empregados participarem das manifestações.

“Não vamos admitir retrocessos e prejuízos aos empregados. É fundamental que os trabalhadores que se sintam prejudicados procurem seus sindicatos e repassem os problemas que estão ocorrendo. Uma injustiça feita a um é uma injustiça feita a todos. É momento de solidariedade e de mobilização”, enfatizou Fabiana Uehara.

Este Dia Nacional de Luta ocorre em paralelo à decisão do juiz Alcir Kenupp Cunha, do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, que suspendeu, em caráter liminar, o processo de reestruturação da Caixa Econômica Federal. Tal decisão, como os empregados sabem, por enquanto só tem validade para o Distrito Federal. Para estender tal decisão, a coordenação da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e a Fenae enviaram ofício à presidente do banco, Miriam Belchior, na terça-feira (22), reivindicando a suspensão imediata da reestruturação em todo o país.

Na decisão do juiz da 10ª Região, o TRT determinou que o banco se abstenha de efetivar qualquer ato que implique em descomissionamento ou transferência de trabalhadores lotados no Distrito Federal, com efeitos a contar de 17 de março, data em que a ação cautelar foi proposta.

O magistrado da 5ª Vara do Trabalho de Brasília também sentenciou que a Caixa apresente, em até 15 dias, todos os dados referentes à reestruturação no DF, em especial a quantidade de funcionários atingidos pela medida, em quais setores ocorrerão os descomissionamentos, quais unidades serão extintas ou remanejadas. A não apresentação dos documentos solicitados implicará em multa diária de R$ 250 mil por dia de atraso, limitada a 30 dias.

A comissão destaca a importância da participação de toda a categoria, a fim de cobrar, entre outros, a retomada das contratações e melhores condições de trabalho. “Queremos transparência nesse processo, que foi planejado e iniciado sem nenhum debate com as representações dos trabalhadores. Isso só mostra a falta de respeito com a qual essa direção da empresa trata a categoria”, avaliou Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados, a CEE/Caixa e a Fenae.

Fonte: Contraf-CUT, com Fenae