Porém, a afirmação foi feita um dia depois dele mesmo dizer que a instituição já enviou a bancos de investimentos as chamadas “RFPs” – pedidos de propostas, na sigla em inglês. O que significa que Caixa deu início ao processo de escolha dos bancos de investimentos que vão coordenar a oferta inicial de ações (IPO) de sua empresa de seguridade.
Segundo o jornal Valor Econômico, a instituição vai receber em dez dias as propostas dos interessados em participar da operação, prevista para o segundo semestre.
“Não podemos confiar na palavra do presidente. Ele diz que não vai privatizar, um dia depois de anunciar o início do processo de IPO. Está claro que ele quer ludibriar os empregados, com afirmações mentirosas. Nós defendemos a Caixa 100% publica por completo, sem o fatiamento das diversas empresas que a compõe”, disse Sérgio Takemoto, secretário de Finanças da Contraf-CUT e empregado da Caixa.
“Quando se fala em ampliação do controle social nas empresas públicas é preciso ter em mente a transparência e a democratização, não a venda do patrimônio, que é de todos os brasileiros”, avaliou a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e conselheira do Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano. “Vamos prosseguir mobilizados para tentar evitar essa e outras vendas”, destaca a coordenadora do comitê.