Os empregados da Caixa Econômica Federal realizaram, nesta quarta-feira (16), o Dia Nacional de Luta por mais respeito e valorização. Os atos, que aconteceram em várias cidades do país, são uma resposta aos atos contraditórios da empresa, que ao mesmo tempo em que reduz despesas com o quadro funcional, financia com dinheiro público um megaevento, a ser realizado, em Brasília/DF, nesta quarta-feira (16), com a presença de mais de 6 mil gestores.

Em Brasília, o Sindicato dos Bancários fez uma atividade paralela ao mega evento, realizado pelo banco.  Em São Paulo, 5 superintendências foram fechadas e os trabalhadores entregaram a carta aberta à direção da Caixa.  Nas outras cidades do país também ocorreram atos e retardos nas aberturas das agências.

Para Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva de Empregados da Caixa, o Dia Nacional de Luta é contra a precarização das condições de trabalho e projetos que enfraquecem e diminuem a Caixa. “Nesta quarta-feira, 16 de maio, data em que iniciativas que significam o desmonte do banco são pano de fundo de um megaevento em Brasília (DF), bancado com dinheiro público, nós, empregados da Caixa Econômica Federal, reivindicamos por mais valorização e respeito aos nossos direitos”, afirmou.

De acordo com a carta aberta, entregue ao banco, o clima de insegurança entre os trabalhadores se agrava em todas as unidades do país. “Decisões unilaterais estão levando ao encolhimento da empresa e restringindo as conquistas dos bancários e bancárias. Um dos exemplos é a redução do quadro de pessoal. Graças a programas de demissão e aposentadoria, mais de 16 mil empregados deixaram o banco desde 2015, sem que houvesse a retomada das contratações”, diz o texto.

A carta também cita a nova reestruturação em curso, chamada agora de Programa Eficiência, que é outro motivo de protesto dos empregados do banco.  Lançada no dia 19 de abril, a iniciativa mira na redução de despesas operacionais em R$ 2,5 bilhões até 2019. “Mais uma vez, o que está em risco é o papel social da Caixa e os direitos da categoria. Ao contrário do que prevê o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), não houve qualquer debate prévio entre a direção da empresa e as entidades representativas dos empregados”, afirma o documento.

“Nós, empregados da Caixa, defendemos um banco 100% público, fomentador do desenvolvimento econômico e social do país, por meio de políticas públicas. Defendemos também uma Caixa que valorize seus trabalhadores, pois são eles que constroem, todos os dias, essa empresa a serviço dos brasileiros, sobretudo dos mais carentes. Para isso, no entanto, respeito deve ser a palavra de ordem”, finalizou Dionísio Reis.

Fonte: Contraf-CUT