Segundo ele, o setor privado é o grande líder na criação de empregos, responsável por 90% da criação dos postos de trabalho nos países em desenvolvimento. Os governos, no entanto, tem um papel fundamental ao assegurar as condições propícias e reduzir as dificuldades para a criação desses empregos.
"Um bom emprego pode mudar a vida de uma pessoa e os empregos certos podem transformar sociedades inteiras. Os governos precisam colocar os empregos no foco central para promover a prosperidade e combater a pobreza", disse Jim Yong Kim, presidente do Grupo Banco Mundial.
O relatório defende uma abordagem em três etapas para ajudar os governos a cumprirem esses objetivos.
Primeiro, fundamentos sólidos (estabilidade macroeconômica, ambiente propício aos negócios, capital humano e regime de direito) devem ser implantados. Em seguida, as políticas trabalhistas não devem ser um obstáculo à criação de empregos, mas oferecer acesso dos mais vulneráveis à proteção social.
E, em terceiro lugar, os governos deveriam identificar que empregos seriam mais benéficos para o desenvolvimento, levando em consideração o contexto específico do país, além de remover obstáculos à criação desses empregos pelo setor privado.
De acordo com o documento, os trabalhos com maiores retornos de desenvolvimento são aqueles que fazem as cidades funcionarem melhor, que ligam a economia para os mercados globais, protegem o ambiente, promovem a confiança e engajamento cívico ou reduzem a pobreza. Criticamente, esses empregos não são encontrado apenas no setor formal, dependendo do país.
Entre as conclusões do relatório, está ainda que a pobreza diminui na medida em que as pessoas conseguem vencer as dificuldades, que o emprego capacita as mulheres a investirem mais em seus filhos e que a eficiência aumenta quando os trabalhadores tornam-se melhores naquilo que fazem e que os empregos mais produtivos surgem.
Além disso, o documento afirma que quase a metade dos trabalhadores em países em desenvolvimento estão envolvidos na pequena agricultura ou em negócios próprios, que, em geral, não têm salário fixo e benefícios.
O problema, para a maioria das pessoas pobres nesses países, é que o ganho não é suficiente para garantir um futuro melhor, além de terem condições inseguras de trabalho e falta de proteção pelos direitos básicos, diz o relatório.
Fonte: Folha.com