Crédito: Contraf-CUT
Contraf-CUT
Reunião ocorreu no Hotel Slaviero, em Guarulhos

Avançou a organização internacional dos bancários de países de língua portuguesa. Foi realizado na quinta-feira (29), véspera do 3º Congresso da Contraf-CUT, o 2º Encontro de Bancários Lusófonos, em Guarulhos (SP). O evento contou com a participação da UNI Finanças e dirigentes sindicais do Brasil, Angola e Moçambique.

Os representantes de cada país apresentaram a situação dos bancários. O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, destacou alguns problemas da categoria no Brasil, como a rotatividade, a pressão das metas abusivas, o adoecimento de funcionários e a necessidade de regulação do sistema financeiro, dentre outras. Ele frisou também a organização e a mobilização dos bancários, ressaltando a conquista da convenção coletiva nacional que completa 20 anos em 2012.

Os dirigentes do SNEBA (Angola) e SNEB (Moçambique) apontaram problemas nas áreas de saúde e de qualificação dos trabalhadores. O chefe mundial da UNI Finanças, Márcio Monzane, disse que é preciso definir as questões e como se dará a cooperação entre os países.

O diretor do SNEBA, Filipe Makengo, citou o modelo de atendimento à saúde que é administrado pelos sindicatos de Portugal, que não puderam comparecer. Ele lembrou que não é isso que os sindicatos de Angola desejam no que diz respeito à saúde.

Para o representante angolano, a formação enquanto qualificação é fundamental. Lá, cerca de 60% dos trabalhadores tem menos de 45 anos de idade. Makengo citou que a inflação anual está em torno de 11% e as taxas de juros estão em 12% ao ano. Ele propôs também cooperação nos debates sobre o sistema financeiro.

Os dirigentes sindicais de Moçambique enfatizaram que lá existem 8 mil bancários e que possuem um acordo coletivo com prazo de vigência de três anos.

Monzane defendeu a criação de termo de referência para definir a cooperação internacional entre os bancários de língua portuguesa.

Após a troca de experiências, o presidente da Contraf-CUT propôs três temas (saúde, formação e negociação coletiva) para discussão no próximo encontro, a ser realizado em Angola, com proposta indicativa entre 8 e 10 de junho. O processo será coordenado pela UNI Finanças.

Foi também apontada a realização de um debate sobre a crise financeira e seus impactos e a regulamentação do sistema financeiro. Serão convidados a participar outros sindicatos, especialmente os filiados à UNI.

O secretário-geral da Contraf-CUT, Marcel Barros, avaliou positivamente a reunião, apesar da ausência de vários países. O 1º Encontro de Bancários Lusófonos havia ocorrido por ocasião do último congresso da UNI Finanças, em março do ano passado, em Lisboa. "Foi dado mais um passo na perspectiva de estabelecer parcerias e construir alternativas para avançar a luta dos trabalhadores", concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

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