A Contraf-CUT realiza nesta sexta-feira, 18 de dezembro, na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, auditório azul, um encontro nacional de dirigentes sindicais da Caixa Econômica Federal para discutir os temas que serão tratados na mesa de negociações permanentes com a empresa no próximo ano, com destaque para o PCC. O encontro, que também discutirá a jornada de trabalho e a organização do 26º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), está programado para o dia todo e será aberto aos dirigentes, liberados e não liberados.

"O PCS é uma reivindicação histórica dos empregados e a direção da Caixa já começou a discussão de forma atravessada. É importante que o máximo de dirigentes sindicais participem do encontro nacional do dia 18, para que possamos fazer um bom debate e depois ampliar essa discussão com os trabalhadores", afirma Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), organismo consultivo da Contraf-CUT.

Empresa frustra empregados

Na rodada da negociação específica realizada dia 2 de dezembro em Brasília, a Caixa frustrou os empregados e apresentou apenas as linhas gerais do que a empresa chama de Plano de Funções Gratificadas (PFG), nome que a instituição está dando ao PCC, sem a descrição dos valores dessa tabela.

A proposta apresenta 15 níveis, com 15% de diferença entre eles, e acaba com as classes de filiais e mercados. Além disso, altera a nomenclatura dos cargos e os agrupa reduzindo de 119 para 56 funções mantendo os quantitativos. Também realinha os cargos hierarquicamente de acordo com a complexidade, a responsabilidade e as atribuições.

Os empregados migrarão do PCC para o PFG de maneira automática no cargo correspondente. Nesse processo de migração poderá ocorrer redução de remuneração básica, tendo em vista a reclassificação. Para garantir a irredutibilidade negociada na campanha salarial de 2009, a empresa propôs a criação do mecanismo APA – Adicional Provisório de Ajuste do PFG.

A Caixa, porém, vincula a implantação do PFG à solução das jornadas da carreira técnica, reduzindo de 8 para 6 horas com redução proporcional do salário. A empresa afirma ainda que esta redução só pode acontecer por acordo coletivo.

Segundo o acordo aditivo já firmado neste ano, a implementação do PFG deveria acontecer, no máximo, no fim deste ano, mas a empresa já projeta que isto pode só ocorrer no 1º trimestre do ano que vem com efeito retroativo até a data da redução da jornada. Tentando colocar um problema que deve ser resolvido pela direção do banco no colo dos trabalhadores, os representantes da empresa afirmaram que "quanto mais rápido decidir a jornada, melhor para decidir o PFG".

A medida é totalmente contrária à proposta defendida pelos trabalhadores, que reivindicam jornada de 6 horas para todos os empregados sem diminuição de salário. Ainda este mês deve ser apresentada uma proposta de regime de transição no que se refere à redução da jornada de trabalho.

Fonte: Contraf-CUT

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