Segundo o jornal El País, a Oliver Wyman estimou as necessidades de saneamento dos bancos entre 51 e 62 bilhões de euros, enquanto a Roland Berger apresentou em seu relatório a cifra de 51,8 bilhões de euros. Foram analisados 14 bancos, que constituem cerca de 90% dos ativos da banca espanhola. A maior parte do rombo está concentrada em quatro entidades já nacionalizadas ou que estão em negociações com o governo central: Bankia, CatalunyaCaixa, Novacaixagalicia e Banco de Valência.
O ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, irá formalizar o pedido de resgate nos próximos diasA cifra anunciada é o total necessário para os bancos em um cenário de agravamento da crise econômica que afeta o bloco europeu. Na hipótese de se manterem as previsões econômicas atuais, os bancos precisarão de uma quantia de 25,6 bilhões de euros, segundo a Roland Berger, ou entre 16 e 25 bilhões de euros, de acordo com o relatório da Oliver Wyman.
Os informes das empresas independentes são um requisito da União Europeia para que se possa solicitar um resgate com fundos comunitários. A solicitação formal de ajuda para a Espanha estava pendente, esperando a divulgação dos valores. O ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, afirmou hoje que irá formalizar o pedido de resgate nos próximos dias.
A União Europeia já havia sinalizado que iria disponibilizar à Espanha um total de 100 bilhões de euros, valor muito acima do divulgado hoje. A iniciativa foi uma tentativa de acalmar os mercados que castigavam o país ibérico, que precisava pagar altos juros para rolar a sua dívida. Entretanto, mesmo com o valor disponibilizado, a crise no país ibérico não se estabilizou, agravando a situação no bloco.
Fonte: Opera Mundi / Rafael Duque