O governo da Espanha está em negociações com todos os seus parceiros europeus para encontrar uma maneira de recapitalizar os bancos do país, reportou o jornal espanhol El País.

O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, está conversando com importantes líderes europeus, incluindo a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, mas o principal homem na negociação é o ministro das Finanças espanhol, Luís de Guindos. Ele mantém conversas frequentes com o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, e os dois se reunirão na próxima quarta-feira em Berlim.

Rajoy está pressionando para que se crie uma ajuda para os bancos de todos os países europeus, não só para os da Espanha, embora sejam os espanhóis, sobretudo o Bankia, os que têm mais pressa. O ministro negocia a criação de um mecanismo global que permita superar os problemas legais existentes atualmente nos mecanismos de ajuda.

O governo espanhol está negociando também que a ajuda aos bancos seja direta, sem resgate, ou seja, sem estar sujeita à qualquer condição que exigiria novos cortes. Segundo o jornal, o governo acredita que um acordo intergovernamental será necessário para superar as questões legais em torno desse mecanismo direto de ajuda.

Portugal injetará 6 bilhões de euros em bancos

O governo de Portugal informou que vai injetar até 6,65 bilhões de euros em três dos maiores bancos portugueses, em uma tentativa de fortalecer o setor bancário, que vem enfrentando crescentes perdas com empréstimos desde que o país foi socorrido por credores internacionais um ano atrás.

Em um documento enviado ao órgão regulador português, o Ministério de Finanças disse que vai injetar 1,65 bilhão de euros no estatal Caixa Geral de Depósitos, até 3,5 bilhões de euros no Banco Comercial Português (BCP) e 1,5 bilhão de euros no Banco BPI.

A maior parte do dinheiro para a recapitalização, cerca de 5 bilhões de euros, sairá da Linha de Suporte para Solvência Bancária, um mecanismo de resgate criado como parte do pacote de socorro internacional de 78 bilhões de euros recebido por Portugal.

O governo receberá bônus conversíveis de contingência em troca das injeções no BCP e no BPI, segundo informações dos dois bancos. Posteriormente o BCP planeja um aumento de capital de 500 milhões de euros, enquanto o BPI pretende levantar 200 milhões de euros. Os recursos desses aumentos de capital serão usados para reembolsar parte da ajuda estatal.

As informações são da Dow Jones.

Fonte: Agência Estado / Clarissa Mangueira e Danielle Chaves