BRASÍLIA – O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, ao comentar o documento divulgado nesta terça-feira, 20, sobre o comportamento da economia, afirmou que as taxas de juros "precisam de uma queda drástica, de 4 a 5 pontos" porcentuais. Na avaliação do presidente do Ipea, as medidas tomadas até agora pelo governo brasileiro para amenizar os efeitos da crise internacional "apenas evitam o pior".
Em entrevista, Pochmann afirmou várias vezes que o comunicado divulgado hoje pelo Ipea sobre possíveis repercussões da crise internacional no Brasil não faz "projeções" nem constrói "cenários" sobre o comportamento da economia. Ele antecipou que isso será feito na "Carta Conjuntura", a ser divulgada em março.
Segundo Pochmann, o documento do instituto – com três "exercícios de simulações" de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009 – de 4%, de 2,5% e de 1% – é "preliminar" e "antecipa estudos que estão sendo desenvolvidos."
Somente um crescimento de 4% em 2009 permitirá ao Brasil, segundo Pochmann, manter a trajetória de crescimento dos últimos anos. "Abaixo disso, o País não manterá essa trajetória de crescimento", disse. A afirmação, feita em entrevista, foi divulgada nesta tarde pela Assessoria de Imprensa do Ipea.
Pochamnn mencionou como investimento importante o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) federal, "que já foi licitado, e as obras estão em andamento". Disse ainda que neste ano os Estados começarão a executar seus PACs. "São investimentos importantes para manter o ritmo de crescimento."
Fonte: Agência Estado / Neri Vitor Eich