A comissão que supervisiona os programas de resgate aos bancos americanos abriu uma investigação para determinar se as instituições que receberam ajuda aumentaram tarifas e juros, como denunciam os clientes, informa nesta segunda-feira a edição europeia do "Wall Street Journal".

Desde o lançamento do plano de resgate ao setor financeiro, conhecido como Tarp (na sigla em inglês), os bancos que receberam injeções de capital elevaram as tarifas sobre transações e os juros de empréstimos e cartões de crédito, dizem os correntistas.

Esta prática, porém, vai contra o objetivo do plano de resgate de facilitar o fluxo de capital e o acesso ao crédito.

Entre as entidades acusadas de elevar taxas e juros estão o Bank of America, o Citigroup e o Pacific Capital.

Os bancos, no entanto, alegam que seus juros são similares aos da concorrência, que estes variam de acordo com a solvência dos que pedem empréstimos e que, para continuarem sendo competitivos, precisam ajustar suas tarifas.

Práticas ‘inapropriadas’ – Elizabeth Warren, presidente da comissão fiscalizadora criada pelo Congresso, confirmou que há uma investigação em curso sobre as supostas práticas de crédito "inapropriadas" dos bancos que receberam ajuda.

"As pessoas que subvencionam as atividades dos bancos através de seus impostos são as mesmas que enfrentam os altos juros nos créditos", declarou Warren.

Segundo a presidente da comissão, se as denúncias forem confirmadas, será como se "os contribuintes tivessem pago duas vezes" por um serviço.

No entanto, os bancos insistem que elevar suas taxas é uma maneira legítima de recuperar parte dos prejuízos dos "créditos tóxicos" ainda em suas contas.

Fonte: EFE, em Bruxelas