O Lloyds disse que sua diretoria tinha autorizado a gratificação anual de Daniels em reconhecimento ao "progresso significativo" que o banco havia feito para reabilitar-se após o seu socorro ao HBOS, mas elogiou sua decisão de abrir mão do prêmio.
A renúncia acompanha decisões similares de John Varley e Bob Diamond, respectivamente executivo-chefe e presidente do Barclays, na semana passada, e de Stephen Hester, executivo-chefe do Royal Bank da Escócia, no domingo.
Comenta-se que o HSBC, cujo comitê de remuneração também reuniu-se ontem, não está "imune ao que está acontecendo", de acordo com um pessoa próxima ao banco.
Segundo banqueiros e conselheiros, o Lloyds ficou sob pouca pressão de investidores quanto à gratificação anual – ou mesmo do governo, que controla 41% do banco -, embora o Tesouro tenha anunciado ontem à noite: "Estamos satisfeitos com que os banqueiros estão respondendo às preocupações do público".
O estoque de recursos reservados para gratificações aos executivos bancários que operam com investimentos no Lloyds é comparativamente pequeno, pelos padrões da City londrina, totalizando cerca de 200 milhões de libras.
A decisão de Daniels foi anunciada antes da divulgação dos resultados anuais do Lloyds, esperada para sexta-feira, quando o banco deverá anunciar um prejuízo (exclusive itens excepcionais) de cerca de 13 bilhões de libras.
Fonte: Financial Times / Patrick Jenkins e Kate Burgess