Entre as vítimas do sistema de desrespeito ao cidadão colocando-o em situação delicada diante à necessidade de honrar com seus compromissos em dia, está Glauco de Lima.
O morador da Vila Alemã chegou numa agência, no centro da cidade, por volta das 11 horas e foi atendido uma hora e 15 minutos após.
"Todo mundo reclamou na fila. Muitos trabalhadores perderam a hora do almoço. Constatei que apenas duas funcionárias estavam no setor de atendimento", comentou Glauco.
Responsável pelo Procon de Rio Claro, o advogado Sérgio Santoro foi procurado pela reportagem na tarde de segunda-feira. "Fomos acionados e fizemos o nosso trabalho. Autuamos as agências bancárias com frequência", afirmou.
De acordo com Santoro, nas datas próximas ao quinto dia útil de cada mês, a situação complica-se. "O movimento nas agências triplica, o tempo de atendimento fica prejudicado e a reclamação ecoa pela cidade. É uma triste realidade", observa o advogado.
Segundo Santoro, o Procon de Rio Claro não utiliza a Lei Municipal, número 3521/2005, para penalizar os bancos. "A multa, estipulada pela lei municipal é pequena para os bancos – R$ 1 mil. Utilizamos legislação estadual pela qual a penalização é maior", afirma o responsável pela fiscalização.
Autor da lei municipal, Valdir Andreeta diz que a fiscalização pelo setor competente nesta época do mês, deve ser intensa. "Não se pode é deixar a comunidade à mercê dos bancos. Se depender deles, as pessoas ficam mais de uma hora em pé sem ter para quem reclamar", lamentou o vereador.
Fonte: Jornal Cidade – Rio Claro
