O representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, José Feijóo, reagiu com com bom humor à recente avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o risco de superaquecimento da economia entre os países emergentes, grupo do qual o Brasil faz parte.

"Eu continuo muito animado. E sou daqueles que nunca dão bola para as declarações do FMI porque a minha vida foi fazer passeata contra eles. Então, mas uma vez o FMI mete o bedelho onde não deve".

Feijóo considerou "factível" a reavaliação do fundo para o crescimento da economia brasileira, estimada agora em 5,5%. Ele lembrou que a crise do ano passado atingiu o Brasil no momento em que o país estava pronto para crescer 6%. Para ele, é provável que a estimativa se confirme agora com a retomada do crescimento.

"Todos os analistas falam em 5%, 6% e tem gente arriscando 7%. Eu, como trabalhador, acho que quanto mais melhor. Quero chegar no final do ano, com pleno emprego e acho que temos grande chance de estar com taxa muito baixa de desemprego, com crescimento da massa salarial, da renda do trabalhador e da distribuição de riqueza, com mais consumo".

Ele entende, porém, que tudo isso somente será possível se os empresários continuarem investindo. Caso contrário, eles correm o risco de perder mercado.

Feijóo discorda das discussões sobre o atual crescimento da economia brasileira e os impactos na inflação, além da provável elevação do juros para conter os índices de preços. De acordo com ele, deveria haver uma preocupação se o país tivesse um crescimento de demanda sem contrapartida de investimentos.

"O que vejo são muitos anúncios de investimentos. No setor, automotivo, as empresas anunciaram investimentos de quase R$ 15 bilhões. Outros setores importantes estão anunciando investimentos para um país que começa a constituir um verdadeiro mercado de massa, que não possuia".

Ele disse ainda que agricultura tem espaço para crescer e o Brasil deve recuperar o espaço que tem no mercado internacional após o fim dos efeitos da crise entre seus parceiros comerciais.

Fonte: Agência Brasil

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