"Em nenhum momento, o salário do caixa foi usado como referência nas negociações para discutir o piso dos bancários. Segundo projeções do Dieese, cerca de 140 mil funcionários recebem o piso da categoria, o que significa aproximadamente 30% dos bancários. Os bancos continuam tentando enganar a sociedade", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
"Os bancos têm todas as condições para apresentar uma proposta decente de reajuste que contemple a valorização do piso, como fizeram no ano passado, quando o salário inicial subiu 16,33%", destaca.
O dirigente sindical lembra que os bancos estão entre os setores mais lucrativos da economia brasileira. As maiores empresas do setor alcançaram lucros acima de R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre deste ano. "Os bancos podem atender a reivindicação dos bancários e pagar o salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ R$ 2.297,51 em junho)", reitera.
"A valorização do piso é fundamental para diminuir as desigualdades sociais que envergonham o Brasil. Um alto executivo dos bancos chega a ganhar até 400 vezes mais que o piso do bancário", alerta. "Está na hora de parar de esconder o verdadeiro piso da categoria e construir uma nova proposta com valorização do piso como forma de distribuição de renda e compromisso com o Brasil e os brasileiros", conclui Carlos Cordeiro.
Fonte: Contraf-CUT