As demissões foram assinadas por Lafaiete Coutinho (preposto de Collor), que na época era o presidente da Caixa. O ato, classificado de arbitrário e abusivo, desencadeou em todo o Brasil horas, dias e meses de muita luta e resistência, com protestos, negociações, viagens a Brasília, venda de camisetas e arrecadação de fundos para a manutenção dos demitidos.
A luta pela reintegração foi imediata e irrestrita, mostrando-se decisiva para que muitos empregados demitidos ingressassem no movimento sindical, passando a lutar, com muitos outros colegas, em defesa da Caixa como banco público, a serviço do país e de sua população.
A readmissão de todos os demitidos pelo Collor foi uma das principais conquistas da campanha salarial de 1990, constando em acordo coletivo. Serviu também para combater o arrocho salarial na Caixa, como resultado da política de caráter privatizante do "marajás das Alagoas".
A partir daí, o movimento dos bancários da Caixa foi intensificado, pois os ataques aos trabalhadores continuaram com Álvaro Mendonça (outro preposto de Collor) e com o governo Fernando Henrique Cardoso.
Fonte: Fenae