Os financiários vão entregar sua minuta de reivindicações à Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) na próxima terça-feira (15). O documento foi aprovado durante a 3ª Conferência Nacional dos Financiários, ocorrido nos dias 3 e 4 de maio, na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo, reivindica reajuste salarial da inflação medida pelo INPC/IBGE, mais aumento real. É o início da fase de negociações da Campanha Nacional da categoria, que tem data-base em 1º de junho.
O principal objetivo dos trabalhadores é manter os direitos garantidos na Convenção Coletiva de Trabalho que está em vigor até 31 de maio. “Como alertávamos, a reforma trabalhista pode trazer prejuízos aos trabalhadores. Esta será a primeira negociação após a entrada em vigor da reforma. Nossa intenção é evitar que a nova legislação afete direitos que tínhamos garantidos em nossa Convenção, bem como aqueles que estavam omissos nela justamente por serem garantidos pela antiga lei trabalhista. Por isso, além de manter a Convenção, queremos que sejam feitos alguns ajustes”, explicou Jair Alves, diretor da Contraf-CUT e coordenador da mesa de negociações com as financeiras.
As reivindicações da minuta de reivindicações tratam sobre os seguintes temas:
1. Defesa da CCT e manutenção de direitos;
2. A CCT tem de continuar válida para todos e todas da categoria;
3. Proibir as demissões em massa;
4. Reajuste salarial e aumento real;
5. Manutenção das homologações das rescisões de contrato de trabalho nos sindicatos;
6. Não à Terceirização;
7. Em Defesa do Emprego;
8. Criação de uma taxa de negociação para manutenção das entidades de representação sindical que realizam as negociações com as empresas financeiras.
Os trabalhadores também aprovaram como pontos centrais da Campanha Nacional a defesa intransigente da democracia como forma de garantia de direitos dos trabalhadores e de toda a população brasileira; e as eleições 2018 como estratégicas na luta contra os ataques aos direitos dos trabalhadores e, por isso, a chamada para que eles votem em candidatos comprometidos com a defesa de seus direitos.
“A nova lei trabalhista trouxe uma série de prejuízos para a classe trabalhadora e nós não vamos resgatar isso se não mantivermos a democracia, o direito de manifestação popular. A gente precisa dizer isso para os trabalhadores. Está na hora de unir a classe trabalhadora, pois juntos somos mais fortes. A males que vem para o bem. O ruim disso tudo é a perda de direitos, mas o bom é uma classe trabalhadora mais unida, politizada e fortalecida”, disse Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT