A Fitch lembrou que os bancos tendem a ter uma fatia significativa de dívida soberana doméstica em suas carteiras e estão altamente expostos às contrapartes do país, o que significa que a rentabilidade e o perfil dos ativos são vulneráveis às tendências negativas dos mercados e no campo macroeconômico.
Por outro lado, Santander e BBVA se beneficiam da diversificação internacional na área de varejo, o que permite capacidade para gerar ganhos internacionalmente.
"Isso potencialmente os diferencia dos bancos espanhóis mais focados na economia doméstica. Mas, na opinião da Fitch, não neutraliza totalmente as restrições de rating impostas pelo país", acrescentou a agência.
"As perspectivas de crescimento em mercados emergentes nos quais Santander e BBVA operam têm sido revistas para baixo e eles não estão inteiramente imunes às tendências econômicas globais. Mas os resultados nesses mercados continuarão contribuindo de forma significativa para o desempenho dos dois bancos."
A Fitch também cortou o rating da unidade do Santander no Reino Unido, de "A+" para "A".
Fonte: Valor Econômico / Daniela Machado