Com tentativa de obstrução por parte da oposição, a reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado começou pouco depois das 9h desta terça-feira (23), na expectativa de leitura do parecer sobre o projeto de lei de “reforma” trabalhista, o PLC 38. Primeiro a falar, o economista Marcio Pochmann, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e presidente da Fundação Perseu Abramo, disse que não há relação entre flexibilização e criação de empregos. “Essas propostas não alteram o principal problema do país, que é a recessão e o desemprego”, afirmou, acrescentando que o ideal seria realizar a discussão no início ou até o meio do mandato parlamentar, e não em um período mais próximo do final e em um momento de crise política.
“A economia brasileira tem convivido com mudanças importantes, e o mercado de trabalho não tem sido uma restrição aos ajustes. O Brasil tem sido um dos poucos países em que as empresas não têm restrição do mercado de trabalho para se ajustar às oscilações da atividade econômica”, observou Pochmann, lembrando que estudos internacionais não mostram elevação do nível de emprego com mudanças na legislação. O impacto se dá, emendou, pela demanda agregada. Leia mais.