A determinação do governo para o BB garantir a circulação de dinheiro no mercado, comprando carteiras de bancos menores, fez com que o banco federal aumentasse sua participação no mercado, esquentando a disputa pela primeira posição no ranking por total de ativos.

Depois da fusão com o Unibanco, o Itaú deixou o BB para trás e quebrou uma liderança histórica. Agora, com a incorporação da Nossa Caixa, o BB avançou e contabilizou ativos de R$ 592 bilhões. Esse número, porém, não inclui a parcela referente à compra de metade do banco Votorantim, que ainda depende de aval do BC e só deverá ser registrada no balanço neste trimestre. Com isso, o total de ativos subiria para R$ 633,7 bilhões, segundo cálculos do próprio BB. Esse valor supera os R$ 618,9 registrados pelo Itaú-Unibanco em março deste ano.

Para Luis Miguel Santacreu, analista de bancos da consultoria Austin Rating, a estratégia do governo de pressionar os bancos federais para dar crédito foi, até agora, bem-sucedida. Mas, para saber se o resultado será favorável aos cofres públicos, ainda é preciso esperar mais tempo. Segundo ele, a qualidade das carteiras de crédito adquiridas não está clara.

Fonte: Folha de São Paulo