A Europa chega à reunião ministerial do G20 (que reúne 19 das maiores economias globais e a União Europeia), a partir de amanhã em Londres, tendo os banqueiros e os executivos financeiros na alça de mira.

"Os banqueiros estão em festa como se fosse 1999, e é 2009", disparou Anders Borg, o ministro de Finanças da Suécia, o país que preside neste semestre a União Europeia, ao final de encontro com todos os seus colegas para preparar a reunião que ministros da Fazenda e presidentes de bancos centrais das maiores economias fazem em Londres.

A sanha contra banqueiros e executivos financeiros é tamanha que Borg não aceita menos do que "músculos fortes e dentes afiados" para regular a remuneração dos financistas.

A posição dos ministros só ecoa o que antes seus chefes já haviam deixado claro, especialmente o francês Nicolas Sarkozy e a alemã Angela Merkel.

Sarkozy chegou a cunhar uma expressão curiosa: "Não há bônus sem malus". Demonstra a sua discordância com o fato de que os executivos financeiros recebem bônus mesmo nos momentos "malus".

Gordon Brown, o premiê britânico, geralmente mais contido, apoiou, em entrevista publicada terça-feira pelo "Financial Times", na qual diz que os salários e prêmios dos banqueiros deveriam estar baseados nos êxitos de longo prazo, e não em lucros rápidos gerados pela especulação.

Fonte: Folha de São Paulo / Clóvis Rossi

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