Série de debates é promovida pela Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa) e vão subsidiar as discussões no Congresso
A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), com apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT) e Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), promoveu nesta quinta-feira (22) o primeiro debate da série de lives preparatórias para o 37º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef). O primeiro tema foi a Fundação dos Economiários Federais (Funcef).
A live foi conduzida pela diretora do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região, Eliana Brasil, e pelo diretor do Sindicato dos Bancários do ABC, Jorge Furlan. Participaram do debate o assessor da Fenae Paulo Borges; o diretor sociocultural da Fenae, Nilson Moura e o diretor coordenador da Associação Nacional dos Participantes de Previdência Complementar e de Autogestão em Saúde (Anapar), Valter San Martin.
Paulo Borges falou sobre os ataques do Governo à Funcef e demais fundos de pensão, com imposições de mudanças e alteração de estatuto, como estratégia para retirar o envolvimento dos participantes na governança dos fundos. “É uma política de Governo”. Veja:
Esta mudança do Estatuto da Funcef, explicou Nilson Moura, foi imposta sem qualquer discussão com o participante. A alteração fere o próprio estatuto, quando utiliza o voto de Minerva. “É uma fraude, uma ilegalidade. Vamos lutar para não entrar em vigor”, disse. Entenda:
O contencioso da Funcef foi outro assunto debatido na live. Paulo Borges explicou como este passivo trabalhista da Caixa impacta nos planos de benefício. E alertou sobre outro agravante – a Funcef não informa a perda já realizada, ou seja, o que foi pago sobre as ações já transitadas em julgado. “De quanto é esse valor? No mínimo, a gente pode afirmar que se a Caixa assumisse a responsabilidade que ela tem pelo custo dessas ações nos planos, o déficit, se existisse, seria bem menor”. Assista!
A redução da meta atuarial, medida implementada pela atual direção da Fundação em 2017, foi considerada uma decisão de gestão que dá mais comodidade para a Funcef. “É confortável reduzir a meta para quem está gerindo porque vai ter condições de atingi-la sem fazer muito esforço. Mas essa cortesia é com o chapéu dos outros, que somos nós, participantes”, disse Valter San Martin. A redução da meta causou um impacto de R$ 7 bilhões no Reg/Replan Saldado e Não Saldado.
Além do prejuízo ao Reg/Replan, Paulo Borges explicou que a redução da meta também prejudicou o benefício futuro dos participantes do REB e Novo Plano – planos que estavam em equilíbrio no patamar da meta anterior e, portanto, não necessitavam de mudanças. A redução, feita de forma linear para todos os planos, reduziu, em média, 10% dos benefícios de quem se aposentou depois da alteração.
Nilson Moura também falou sobre as ações que podem ser tomadas pela direção da Funcef para minimizar o equacionamento. Saiba quais são as alternativas:
Agenda 37º Conecef
As próximas lives serão no dia 28 de julho (quarta-feira), sobre o Saúde Caixa, e no dia 4 de agosto (quarta-feira), sobre condições de trabalho. Não percam!
Fonte: Fenae