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Por 133 a 59 votos, o funcionalismo do Banpará aprovou a proposta do banco apresentada na mesa específica realizada na noite de segunda-feira (26), e encerrou o movimento de greve .

A proposta feita pelo o banco retirou o abono dos dias parados, que esteve na proposta do último dia 21 e que foi rejeitada em assembleia, e incluiu na redação desse ponto a compensação dos dias de greve conforme o modelo da Fenaban.

Nesse sentido, o Sindicato dos Bancários do Pará, Contraf-CUT, Fetec-CUT Centro Norte e CUT Pará orientaram a rejeição da proposta. Porém, diante da possibilidade de dissídio coletivo por parte do banco, a categoria optou por garantir as propostas construídas no debate em mesa e seguir na luta por mais avanços no Banpará.

“Precisamos destacar a importância do compromisso e da responsabilidade das entidades sindicais na condução de uma mesa de negociação, e durante todo esse processo de negociação com o Banpará a Contraf-CUT, o Sindicato dos Bancários do Pará, a Fetec Centro Norte e a CUT Pará souberam honrar essa responsabilidade e compromisso com o funcionalismo do banco e com toda a categoria”, ressalta o diretor da Contraf-CUT, Adilson Barros.

“É importante destacar que essa proposta é fruto da força da nossa greve e da luta da categoria bancária contra a intolerância dos banqueiros. Essa não foi a melhor proposta diante da nossa pauta de reivindicações, porém consideramos que nossa greve no Banpará foi vitoriosa por não se render à proposta dos banqueiros de índice abaixo da inflação, ou seja, de perdas salariais. O funcionalismo do Banpará em todo o estado, mais uma vez, está de parabéns pela luta e pela greve construída”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.

“Nós defendemos a aprovação da primeira proposta na assembleia do dia 21 porque reconhecíamos os avanços conquistados com muito debate na mesa de negociação. Orientamos a rejeição na assembleia de hoje (26), pois o banco quis seguir a Fenaban na compensação dos dias parados, e para nós a manutenção do abono dos dias de greve era melhor. Porém, as intervenções na assembleia demonstraram que para o funcionalismo foi melhor garantir o que se construiu em mesa de negociação do que apostar no dissídio coletivo e na decisão da justiça”, destaca a diretora do Sindicato e funcionária do Banpará, Érica Fabíola.

Para a funcionária do Banpará e representante da CUT-PA na mesa, Vera Paoloni, “a aprovação da última proposta do banco mostra que a categoria é sábia e que após um tempo para sopesar, marinar, avaliar o conjunto de proposições, decidiu acatar o acordo, saindo da greve com bons resultados no bolso e nas condições de trabalho, e sem precisar recorrer à justiça, mas sendo cada bancário dono do seu destino. Pela greve, pela luta e pela aprovação estamos todos e todas de parabéns”!

Confira a proposta aprovada no Banpará:

Reajuste: Pelo Piso da Fenaban para todas as tabelas salariais (níveis: fundamental, médio e superior), salvo as verbas que tiverem regra própria estabelecida na mesa específica do Banpará e CCT FENABAN/CONTRAF-CUT 2015/2016 e não ressalvadas no presente Acordo Coletivo, com pagamento na folha de novembro, na forma proposta pela Fenaban, em 24/10/2015 (10%).

PLR Social: 4% do sobre o lucro líquido apurado no exercício 2015, sem limites individuais de pagamento. Antecipação de R$ 1.500,00 em 28/10/2015, observada a proporcionalidade dos dias trabalhados e a diferença até março de 2016.
PLR FENABAN: ADIANTAMENTO DA 1ª PARCELA, com base na proposta de reajuste definida em 24/10/2015, obedecida a regra própria e parcela adicional fixados na CCT FENABAN, a ser creditada em 28/10/2015.
 

Anuênio: Reajuste de 10%, passando de R$ 50,00 para R$ 55,00;
Tíquete: Segue a Fenaban;
13ª cesta alimentação integral: Auxílio alimentação + Cesta alimentação, a ser paga em novembro, em data definida na CCT FENABAN (índice Fenaban – 14%);

Delegado sindical: Será designado 1 delegado sindical, por agência, que tenha a partir de 7 empregados lotados;
Licença Prêmio (benefício ampliado): Passou de 40 dias para 45 dias, ao final de 5 anos, ou seja, de 8 para 9 dias úteis, garantida a conversão em pecúnia;
 

PCS:
1 – Assegura manutenção do GT/PCS como mesa específica para discutir, acompanhar, sugerir melhorias e propor calendário de atividades, com vista a construir um PCS sustentável que contemple a carreira dos empregados, com base nos resultados do banco;
2 – O banco cumprirá o regulamento do PCS vigente para as promoções de janeiro de 2016;
Abono atividade física (benefício ampliado): Reajuste de 10%;
Auxílio Creche Babá: Segue o índice de 10% da Fenaban. Para filhos especiais (não cumulativo) passa para R$ 1.055,00.
Terapias Holísticas: Manutenção de 375 sessões com extensão para aposentados por invalidez e inativos.
Funcionários aposentados na ativa: Conceder remuneração até 180 dias ou até durar o adoecimento por CID/Evento;
 

Saldo Remanescente do Plano PAS/CAFBEP:
1 – Distribuição imediata de 70% do saldo remanescente do plano, em parcela única e igualitária a todos os empregados que mantenham vínculo atual com o banco, com natureza assistencial e desvinculada do salário, para cumprimento do disposto no art.39 do Regulamento PAS/CAFBEP e pagamento no prazo de 30 dias, a contar da assinatura do ACT 2015/2016, condicionada à prévia homologação, em juízo, do acordo coletivo firmado, para extinção da ação judicial proposta pelo Sindicato sobre a matéria;
2 – Os 30% do saldo remanescente do Plano PAS permanecerão retidos, no Fundo Garantidor, por até 10 anos e a distribuição, após esse prazo, seguirá o mesmo crédito aqui estabelecido.
 

Regulamento de pessoal: Divulgação do Regulamento atualizado até dezembro de 2015.
Renovação de todas as cláusulas ACT 2014/2015 que não estiverem propostas neste ACT 2015/2016;
PL 4330: Abono do dia de participação ao movimento, caso o empregado tenha participado;
GREVE: Segue a Fenaban para compensação dos dias parados.

Fonte: Seeb Pará