Trabalhadores lutam contra demissões, fechamento de agências e projeto de privatização do Banco do Brasil; assembleias, realizadas em todo o país, contaram, em média, com 80% de aprovação do estado de greve – Funcionários do Banco do Brasil em todo o país participaram na noite desta sexta-feira de assembleias realizadas pela internet e aprovaram o Estado de Greve. “Os funcionários mostraram que querem negociar. Exigem que o banco seja transparente com relação ao plano que está em implantação. Queremos saber quantas e quais agências serão fechadas, quantos funcionários serão afetados e o que o banco pretende fazer para que os trabalhadores não sejam, mais uma vez, prejudicados”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

O Estado de Greve é um alerta para que a direção do banco e o governo se atente para as reivindicações dos trabalhadores e abram negociação para que se evite a deflagração da greve.

“Temos que estar preparados para o pior, pois temos no comando do país um governo que, declaradamente, quer acabar com os diretos dos trabalhadores e que vê o funcionalismo como um problema para seu projeto privatista. Um governo que quer, a qualquer custo, acabar com o Banco do Brasil”, completou a secretária de Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na CEBB, Fernanda Lopes.

Pressão

Os funcionários estão pressionando o banco para que o mesmo seja transparente e abra negociações com relação ao plano que prevê a demissão de 5 mil funcionários (em plena pandemia), além do fechamento de 112 agências, 242 postos de atendimento e sete escritórios.

Na quarta-feira (3), os funcionários realizaram reunião com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para pedir intervenção do órgão na busca de informações. “Procuramos a intermediação do MPT porque a direção do banco, pela primeira vez, se recusou a nos informar sobre mudanças que afetam os funcionários de forma contundente”, afirmou o coordenador da CEBB, João Fukunaga.

O banco se comprometeu na reunião a submeter a pauta com os pontos destacados pela Contraf-CUT à instância superior e trazer a resposta até a próxima audiência com o MPT, na segunda-feira (8).

“Na base do Sindicato dos Bancários da Paraíba, em uma assembleia bastante participativa, nesta sexta-feira (5),  companheiros e companheiras do Banco do Brasil deliberaram pela decretação do Estado de Greve e indicaram a paralisação das atividades da 0h00 às 23h59 da quarta-feira, 10 de fevereiro, contra a intransigência da direção do BB em prosseguir com a reestruturação e o desmonte do banco público pelo governo federal. E, se não tem diálogo, vamos à greve, que é a nossa arma de resistência”, avisou o presidente Lindonjhonson Almeida.

Veja o Aviso de Greve abaixo, ou clicando aqui.

AVISO DE GREVE

SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS DO RAMO FINANCEIRO NO ESTADO DA PARAÍBA – SINTRAFI-PB, por seu Presidente, para cumprimento das exigências contidas na Lei nº 7.783/89, avisa aos usuários dos serviços e a população em geral, que os empregados pertencentes à categoria bancária que prestam serviços ao Banco do Brasil S/A, em assembleia realizada em 05/02/2021 deliberaram por decretar Estado de Greve e indicar a paralisação de suas atividades a partir da 00h00m até às 23h59m do dia 10/02/2021.

João Pessoa, 07 de maio de 2020

Lindonjhonson Almeida de Araújo
Diretor Presidente

Fonte: Seeb – PB, com Contraf-CUT