De forma híbrida, os funcionários do Banco do Nordeste realizaram, nos dias 3 e 4 de junho, o XXVIII Congresso Nacional dos Funcionários do BNB. O auditório do Hotel Luzeiros, em Fortaleza-CE, foi o espaço onde os bancários puderam participar de forma presencial do evento, que foi transmitido através de link na plataforma zoom para os participantes virtuais.
Na programação do primeiro dia de Congresso, os participantes aprovaram o Regimento Interno do encontro e debateram, juntamente com o jornalista convidado, Altamiro Borges, a conjuntura nacional e a defesa do BNB contra os ataques do governo Bolsonaro.
No painel informativo, Osângela Alves expôs dados do DIEESE referentes ao Banco do Nordeste, tais como rentabilidade, operações de crédito, principais destaques para o FNE em 2022, microfinanças, dentre outros. Segundo a diretora do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carmen Araújo, apesar da excelente apresentação do DIEESE, são números ainda de 2021, e o Banco ainda não apresentou os números do primeiro trimestre de 2022. “A gente sente que os companheiros do Banco não estão felizes com os números que o banco nem chegou a apresentar. O que fica claro é que quem está preocupado com o BNB somos nós da base. Somos nós que queremos preservar os nossos empregos, somos nós que queremos um BNB forte, e o que eu vejo dentro do Passaré é uma briga política, e não pelo fortalecimento do Banco”, relatou Carmen.
Ainda sobre os dados do banco, Fernando Batata, do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, falou sobre a importância de dialogar, para além dos números, sobre as realizações e transformações que o BNB é capaz de realizar. “Números são importantes, mas nós precisamos mostrar quais mudanças o Banco do Nordeste realiza na economia da nossa região, financiando energia solar, energia eólica, precisamos mostrar como o microcrédito afeta a economia informal da periferia, dentre tantas outras transformações. É isso que impulsiona a nós, funcionários e funcionárias do BNB”, disse Fernando.
A programação do primeiro dia continuou com a exposição de Pedro Porfírio e Sâmia Araújo sobre a Capef e a necessidade de mais transparência e de implementar corretamente os mecanismos de proteção previdenciária.
No segundo dia, os participantes puderam assistir uma aula de História com o professor da UFPB, Paulo Fernando Cavalcanti, sobre a região nordeste, a inclusão de sua economia em âmbito nacional, até chegar no surgimento da proposta do Banco do Nordeste: “O BNB é concebido a partir de uma burocracia nordestina altamente qualificada e ideologicamente comprometida com o desenvolvimentismo, afastando-se do clientelismo e do corporativismo”.
Também fizeram parte do debate entre os funcionários do BNB durante o Congresso, temas como: Cláusulas econômicas e benefícios; Defesa do BNB e cláusulas sobre previdência; Cláusulas sociais, sindicais e teletrabalho; Saúde e condições de trabalho.
Entre as propostas aprovadas e incluídas na minuta que será enviada para a Conferência Nacional dos Bancários, estão: Tratamentos para pessoas com lesões por esforço repetitivo; que o tempo que pessoas tenham como caixa pontuem nas concorrências para demais funções; licença menstrual de até 3 dias úteis para empregadas que atestarem terem cólicas e desconfortos que afetam seu desempenho; conceder redução de jornada de trabalho para pais e filhos com deficiência de transtorno de espectro autista; promoção depois do nível 18; constituição de uma comissão paritária permanente para acompanhar demandas referentes à home office, teletrabalho e trabalho remoto.