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Mobilização dos funcionários contra falta de diálogo da Finep

Os funcionários da Finep completam, nesta quarta-feira (18), uma semana de greve, sem perspectiva para o fim da paralisação. Na terça-feira (17), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) enviou uma carta à direção da Associação dos Empregados da Finep mas sem apresentar novidades para os trabalhadores.

Leia aqui carta do MCTI.

"O Ministério insiste em uma proposta já considerada insuficiente pelos funcionários: reajuste de 9% mais PLR. Portanto, a greve continua", afirma Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT.

A proposta do MCTI, justifica Marcel, não apresenta respostas a temas que são reivindicações dos funcionários. As principais são: incorporação da Gratificação Especial Temporária (GET); aumento do piso, que está defasado em relação ao do restante da categoria; Saúde e Isonomia.

"Os trabalhadores esperam abertura de negociação e uma proposta plausível para que seja levada para debate em assembleia dos funcionários", salienta o dirigente da Contraf-CUT.

Sem acordo

Na sexta-feira (13) os funcionários se reuniram com representantes da Finep. A comissão de negociadores da Financiadora ofereceu apenas um pequeno aumento na PLR, que ainda mantinha o valor abaixo da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária. Os funcionários, então, rejeitaram a proposta e aprovaram por ampla maioria a manutenção da greve por tempo indeterminado.

"Nessa reunião ficou claro que a Finep ainda não tem o que apresentar. A indignação do funcionalismo com a falta de respeito que a direção da Finep vem demonstrando ao longo de todo o processo negocial vem crescendo", afirma Ronald Carvalhosa, dirigente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

Impasse

O impasse na campanha salarial é decorrente da postura da Finep, que se nega a cumprir os compromissos assumidos na mesa de negociação e que asseguravam reajuste diferenciado para os funcionários do nível médio (incorporação da Gratificação Especial Temporária (GET), reajuste de 9%, mais adicional de 6%), o que garantia um piso salarial de R$ 2 mil, e que tem por objetivo reduzir a enorme disparidade salarial existente; incorporação da GET para os técnicos do Plano de Cargos e Salários (PCS); e auxílio-guarda/creche/educação de R$ 715.

Todas essas propostas foram apresentadas pelos negociadores da empresa e depois retiradas. Além disso, a Finep propõe uma PLR inferior a da categoria bancária, apesar do aumento do lucro.

Como se não bastasse, a Finep se nega a pagar o abono de fim de ano, tradicional na empresa, alegando que o Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest) "não teria autorizado". Os funcionários reivindicam, ainda, avanços na isonomia entre novos e antigos, proporcionalidade no custeio do plano de saúde, já que, em 2011, foi reajustado em média em 70%.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Rio

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