Os funcionários do Banco do Brasil foram pegos de surpresa com uma alteração nos prazos de transferência e comissionamento imposta pela direção e anunciada de surpresa na quinta-feira, dia 2. O Sindicato dos Bancários de São Paulo já cobrou a revisão da decisão.
Segundo a imposição do BB, o prazo para que o bancário possa pedir remoção ou concorrer a um cargo comissionado foi dobrado, passando de um ano para dois anos no mesmo local de trabalho.
A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil cobrou, na negociação dos dias 2 e 3, em Brasília, uma regra de transição para que quem tenha de um a dois anos na agência possa ter o direito a concorrer, neste período, a remoção ou comissionamento. O BB ficou de dar resposta à reivindicação.
"A mudança de prazo é um reflexo da reestruturação iniciada em 2007 que os funcionários combateram com paralisações antes e durante a campanha nacional. O BB fechou e continua a fechar unidades no país, expurgou quase 7 mil funcionários experientes no Plano de Afastamento Antecipado (PAA) e contratou muitos funcionários em 2008 e 2009. Os trabalhadores não podem pagar pela desordem administrativa e serem prejudicados com o aumento do prazo repentino" diz Ernesto Izumi, diretor do Sindicato e bancário do BB.
O dirigente acrescenta que os funcionários vão continuar a manifestar seu descontentamento, como no protesto realizado na mesma quinta-feira para pressionar a direção do banco. Ernesto orienta os funcionários a debaterem o assunto com os colegas e, onde for necessário, solicitar a presença de um representante do Sindicato para as reuniões nos locais de trabalho. Os trabalhadores também podem enviar suas opiniões por email ao Sindicato com o título "Dois anos não dá".
Fonte: Seeb São Paulo