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Seeb Rio Os funcionários do BNDES, em estado de greve desde o dia 12, farão uma paralisação de 24 horas, na próxima sexta-feira (30). A decisão foi aprovada em assembleia permanente, nesta segunda-feira (26), no Rio de Janeiro, diante da negativa do banco em apresentar uma nova proposta. A que foi feita até agora é considerada insuficiente e foi rejeitada pela Comissão de Negociação dos Funcionários.

Os trabalhadores exigem uma proposta que atenda principalmente a itens que são prioritários. Entre eles, estão o pagamento e a incorporação da gratificação anual de 1,5 salário; apresentação e negociação de um novo plano de carreira (GEP), com data de implantação; incorporação da gratificação de função; e ampliação da gratificação de férias e da licença-paternidade.

Ministra entra na negociação

Durante toda a tarde de segunda-feira, os funcionários do BNDES permaneceram em vigília no prédio do banco, como forma de cobrar a apresentação de uma nova proposta. Como estavam em estado de greve, em assembleia permanente, com a perspectiva de paralisar as atividades, a Comissão de Negociação foi recebida, às 17h15, pelo diretor de Recursos Humanos, Fernando Marques.

Na reunião, no entanto, não houve avanço. Mas a pressão crescente gerou um fato novo. Segundo Marques, o assunto da campanha salarial foi debatido entre a diretoria da empresa e a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Miriam Belchior, em reunião, no Rio de Janeiro, também nesta segunda-feira, pela manhã.

Ainda conforme Marques, a ministra ficou de dar uma resposta ao presidente do BNDES, Luciano Coutinho, em relação à pauta dos trabalhadores, na quarta ou quinta-feira.

Nova assembleia

Para o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Murilo da Silva, apesar de não ter sido encaminhada nova proposição, o aumento da pressão está mostrando resultados. "O sucesso da vigília e a decisão madura dos funcionários do BNDES de paralisação mostram a disposição dos trabalhadores de buscar a conquista de um acordo vitorioso", afirmou o dirigente.

Murilo lembrou que nova assembleia será realizada na sexta-feira, dia da paralisação, para avaliar o movimento. Não está afastada a possibilidade de manter a paralisação por mais dias.

O presidente da AFBNDES, Mauro Bottino, recordou que, desde 2006, o BNDES não faz paralisações. "Isso demostra que sabemos da responsabilidade que temos perante a sociedade. Mas a falta de uma nova proposta está nos empurrando para essa decisão. Esperamos que haja avanços nas negociações dos próximos dias", afirmou.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Rio