O Sindicato dos Bancários da Paraíba realizou nesta quarta-feira (20), um debate sobre a atual situação da CASSI (Caixa de Assistência dos Funcionários do BB) frente a onda de desmonte que o Banco do Brasil tenta impor ao plano.

A mesa de abertura do evento contou com a participação do presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcelo Alves, juntamente com a diretora, Magali Pontes, o presidente da Fetrafi/Ne, Lindojhonson Almeida e do Conselheiro de Administração Representante dos Funcionários do Banco do Brasil (Caref), Fabiano Félix,  o titular do Conselho Fiscal da PREVI, Paulo Cesár de França.

Fabiano alertou para os riscos de enfraquecimento que a Cassi vem sendo alvo. Ele destacou a quebra do princípio da solidariedade, com a instituição da cobrança de valor unitário R$ 360,57 por dependente; aumento da contribuição de 3% para 4% por funcionário (da ativa e aposentado), mantendo a contribuição ordinária por parte do banco em 4,5% por titular; aumento do valor da coparticipação; fim da paridade na gestão e aumento das despesas, com a criação de mais duas novas diretorias compostas por agentes do mercado e a instalação do voto de Minerva para o patrocinador no Conselho Deliberativo.

Segundo ele todos esses indicativos de mudança impostos de maneira unilateral pelo Banco do Brasil, representa um caminho de privatização dos planos de assistência. “Nós entendemos que essa proposta traz prejuízos enormes para o Funcionalismo Público do Banco do Brasil porque ela quebra principios acordados a mais de 70 anos, com o único interesse de se fortalecerem em detrimento do trabalhador bancário, que arcará com a ganância do desmonte que querem promover na Cassi”, endossou.

Para o presidente do Sindicato Marcelo Alves, todos esses ataques devem ser repudiados e denunciados. “Estamos enfrentando um verdadeiro desmonte em todas as conquistas batalhadas há décadas pelos Bancários. O Banco do Brasil com essas medidas atropela o processo de negociação, pois quer impor aos diretores e conselheiros da Cassi uma decisão que não cabe a eles. Ao passo em que coloca uma proposta que corta direitos, aumenta contribuições dos associados e reduz as do banco, implanta voto de minerva a favor do BB e entrega duas diretorias ao mercado, reduzindo a participação dos associados a um terço. Isso é inadmissível e estamos na luta para reverter esse processo com a mobiliação da categoria em defesa de seus direitos”, ressaltou.