Mais um caso de sequestro apavorou a categoria nesta quinta-feira (1º). Desta vez, a violência ocorreu em Forquilhinha, no interior de Santa Catarina.

A casa do gerente do Banco do Brasil foi invadida na noite de quarta-feira (29), por volta das 20h30, e os assaltantes mantiveram a família refém até as primeiras horas da manhã desta quinta, quando consumaram o assalto.

"Eles levaram a família do gerente, a esposa e duas filhas, até um local com o carro da família e depois trocaram de carro. Enquanto o gerente pegava o dinheiro, que chegaria de manhã, eles levaram o resto da familia para um outro cativeiro, que pela distância que as vítimas acham ter percorrido não é no município de Forquilhinha", diz o delegado Carlos Emílio.

"Eles usavam rádios para se comunicar e estavam monitorando o gerente faz uns quatro meses", informa o tenente Rodrigues, da Polícia Militar de Forquilhinha. "O gerente e os familiares estão muito abalados, eles ficaram a madrugada toda sob ameaças dos assaltantes".

O delegado Carlos Emílio assumiu, em nome da Polícia Civil, o comando das investigações. "Eles tiraram as mulheres, esposa e filhas, do cativeiro, e ameaçaram matar todos os familiares do gerente caso o dinheiro não fosse entregue. Fizeram uma forte pressão psicológica na família, chegaram a mostrar uma granada para elas", revela o delegado.

A rotina do banco, em relação a chegada e saída do dinheiro do carro forte, foi acompanhada pelos assaltantes. "Os bandidos nem foram na agência. Pelo que podemos avaliar, eles já estavam monitorando a família, não foi uma coisa aleatória, foi muito bem planejado, eles sabiam os horários", explica o delegado.

O estudo da logística empregada pelos bandidos está sendo feito pelos policiais. A agência do Banco do Brasil fica a cerca de 50 metros da delegacia de polícia, e os familiares do gerente foram abandonados na BR-101, próximo a empresa Torrecidi, logo após o dinheiro ter sido entregue pelo gerente.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Criciúma