Karoline Zilah
Uma operação conjunta entre as polícias Civil e Rodoviária Federal da Paraíba e de Alagoas resultou na prisão de quatro homens acusados de arrombar caixas eletrônicos de agências bancárias no Nordeste com uso de explosivos. Nas investigações, os agentes descobriram que o grupo de São Paulo estava escondido no interior de Alagoas, e que receberia um maçarico importado no Aeroporto Castro Pinto, na Paraíba. Na foto, maçarico de alta tecnologia e recebido em aeroporto da Paraíba.
Depois das prisões, o GOE agora tenta identificar e prender os demais comparsas da quadrilha residentes no Sertão paraibano. Segundo o órgão, há indícios de que policiais estão envolvidos na quadrilha.
O maçarico seria utilizado no último sábado pela madrugada, num arrombamento na agência do Banco do Brasil em Cajazeiras, ou em São José de Piranhas.
O equipamento de alta tecnologia, rapidez e precisão veio da região Sudeste, e teria sido enviado à região metropolitana de João Pessoa para despistar a polícia de São Paulo e de Alagoas, que já estava no encalço da quadrilha. As investigações foram iniciadas uma semana antes do segundo turno das eleições pelo Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil paraibana (GOE/PB), com base em informações repassadas pelo Departamento de Investigação Criminal (Deic), de Alagoas.
Apreensões
A perseguição aos acusados teve início no aeroporto, onde todos os integrantes compareceram para receber a encomenda. De acordo com informações do GOE, devido à intensificação do policiamento por causa das eleições, o grupo seguiu até o Sertão da Paraíba, mas mudou a rota e tornou para Alagoas. Eles foram presos em flagrante na cidade de São Miguel dos Campos (AL).
Estão presos Edmundo Vieira de Souza, de 35 anos, e Ricardo Henrique de Oliveira, de 32, ambos de São Paulo, além de Edi Carlos Lucena Ramalho, de 26, e José César.
Com o grupo, foram apreendidos produtos utilizados no arrombamento das agências bancárias (alicate, maçarico, gerador de energia e compressor), além de armas, munições, celulares, máquina fotográfica e R$ 3 mil em dinheiro.
Além destes produtos, as ações criminosas eram promovidas com a ajuda de três veículos que também foram recolhidos, entre eles dois com placas de Campina Grande e Cajazeiras.
Fonte: Paraíba1