Crédito: CUT
CUT Várias agências bancárias estão com as portas fechadas em Brasília e outros serviços públicos improvisam o atendimento ao público, em razão da greve dos 15 mil vigilantes iniciada nesta terça-feira 26 no Distrito Federal. O Sindicato dos Bancários de Brasília, que está dando todo apoio à greve, divulgou manifesto nesta quarta-feira para denunciar a irresponsabilidade dos bancos em relação à segurança dos bancários, dos clientes e dos próprios vigilantes.

"Os grandes responsáveis pelos transtornos provocados pela greve são os próprios bancos, que visam somente o lucro. Contratam empresas de segurança que não oferecem condições de trabalho decentes e economizam de todas as maneiras para não instalar equipamentos de segurança, muitas vezes desrespeitando a própria lei. Isto é um absurdo!", denuncia o Sindicato dos Bancários de Brasília no manifesto.

E acrescenta: "Os bancários há muito tempo são usados como escudos humanos. Os bancos só estão preocupados com a segurança de seu patrimônio e expõem cotidianamente bancários, clientes e usuários.

Os banqueiros fazem de tudo para esconder as estatísticas de assaltos e outros crimes relacionados aos bancos. Com isso, se omitem quanto a sua responsabilidade e relutam em instalar mecanismos de segurança tais como as portas giratórias, vidros à prova de bala e outros".

Fora da lei

O fechamento das agências é determinado pela lei 9.017, de 1995, que entre outras coisas dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento de empresas particulares que explorem serviços de vigilância e de transporte de valores. De acordo com o artigo 14 da lei, "é vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento financeiro onde haja guarda de valores ou movimentação de numerário, que não possua sistema de segurança com parecer favorável à sua aprovação, elaborado pelo Ministério da Justiça".

O Sindicato dos Bancários do Distrito Federal acionou seu departamento jurídico para pedir à Justiça que os bancos mantenham todos os seus estabelecimentos fechados. No entanto, segundo informações do sindicato, a maioria das agências os privados (Bradesco, Itaú, Santander e HSBC) está funcionando, contrariando a lei. No Bradesco, o banco colocou funcionários para atuarem como seguranças, expondo os bancários ao risco. Os bancos públicos estão fechado para atendimento, mas mantém seus trabalhadores trabalhando internamente, o que também pode ser arriscado.

A greve também deixou sem segurança hospitais e prédios públicos em todo o Distrito Federal. Os trabalhadores querem 15% de reajuste salarial e o aumento do vale-refeição de R$ 9,50 para R$ 15. As outras cláusulas reivindicadas pela categoria já foram atendidas.

Repercussão

A greve dos vigilantes tem ampla repercussão na imprensa do DF. Veja aqui reportagem publicada nesta quarta-feira pelo Correio Braziliense. E clique aqui para ler o manifesto do Sindicato dos Bancários de Brasília.

Fonte: Contraf/CUT

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