Os bancários cruzaram os braços para dizer que não aceitam retirada de direitos –  Duzentas mil pessoas foram às ruas, no Recife, para participar do ato que marcou a Greve Geral de sexta-feira (28) contra as reformas trabalhista (PL 6787/16) e previdenciária (PEC 287/2016), propostas pelo governo ilegítimo de Michel Temer. O Sindicato dos Bancários de Pernambuco esteve presente na marcha que seguiu da Praça da Democracia, no Derby, até a Praça da Independência. Em todo o Estado, 67% dos bancários aderiram ao movimento paredista, fechando 55% das agências.

Os bancários cruzaram os braços para dizer que não aceitam retirada de direitos. Na Região Metropolitana do Recife, onde estão concentradas 70% das agências bancárias, a adesão foi de 40% das unidades; no Interior do Estado, onde estão sediados os outros 30% das agências, 10% paralisaram.

Na avaliação da presidenta do sindicato, Suzineide Rodrigues, a adesão dos bancários à greve geral foi positiva. “Os bancários hoje vieram somar forças para que a gente possa derrubar esse governo golpista e derrubar as reformas que ele quer implementar. Mostramos a força da categoria bancária com grande adesão na Região Metropolitana e no Interior”, disse.

A categoria que conquistou ao longo dos anos, com muita mobilização, uma Convenção Coletiva de Trabalho que assegura direitos superiores aos garantidos pela CLT, se integrou aos demais trabalhadores marchando num percurso de aproximadamente 4 km, pelas principais avenidas da capital.

Temos que ver esse grande movimento no Brasil inteiro como o primeiro de união de todas as categorias de trabalhadoras e trabalhadores. Vamos continuar na trincheira de luta, cada vez mais fortes, para a gente ter o país que merece”, afirmou a secretária-Geral do Sindicato, Sandra Trajano.

Durante a passeata os trabalhadores fizeram ecoar palavras de ordem, como o “fora Temer!”, além de terem denunciados os deputados federais pernambucanos que votaram contra os trabalhadores, aprovando a terceirização irrestrita e a reforma trabalhista.

Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras, mais de 60 categorias participaram da Greve Geral no Estado. “Hoje faz um ano e onze dias que o golpe se instalou e durante esse período todo eles estão tentando retirar os direitos dos trabalhadores. Mas, os trabalhadores estão dando o recado. Não vai passar reforma trabalhista e previdenciária sem luta. Não vamos desistir, vamos enfrentar esse governo. Hoje é o dia que o Brasil parou e o dia em que começou a vitória da classe trabalhadora.

Estiveram presentes na passeata da Greve Geral representantes de entidades sindicatos, movimento negro, de mulheres, LGBT, da Igreja Católica, entre outros. No encerramento da marcha, que chegou por volta das 19h, na Praça da Independência, as lideranças convocaram os trabalhadores para o ato do Dia do Trabalhador, que acontecerá na segunda-feira (1/5), às 9h, na Praça Oswaldo Cruz.

Fonte: SEEC-PE