A greve nacional dos bancários entra nesta terça-feira 5 no seu sétimo dia. O movimento segue forte e envolve centenas de agências em todas as regiões da capital e de Osasco além de diversas concentrações.
Pararam prédios administrativos como Nova Central, do Bradesco, Casa 3 e a Aymoré Financeira, do Santander, as concentrações do Banco do Brasil São João, Verbo Divino, Álvares Penteado, XV de Novembro e Bom Pastor e os prédios administrativos da Caixa Federal Brás, Rerop e Sé.
"Sem negociação, a mobilização dos bancários continua forte. O fim da greve está nas mãos dos banqueiros. A categoria não sai desta campanha sem aumento real de salários, piso e PLR maiores, além de melhores condições de saúde", disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato.
Na segunda-feira 4, 613 locais permaneceram fechados em São Paulo, Osasco e região, envolvendo 29 mil trabalhadores. Isso apesar de novas investidas dos banqueiros para tentar enfraquecer o movimento legítimo com o uso de interditos proibitórios e força policial para tentar forçar a entrada dos bancários. Mas na maior parte dos casos os trabalhadores resistiram e permaneceram do lado de fora, como aconteceu no Casa 2 e na Aymoré Financeira, do Santander, no prédio do Itaú Unibanco da Patriarca e no Bradesco Alphaville. Em todo o Brasil, 6.527 locais tiveram as atividades paralisadas.
"O único jeito de acabar com a greve é negociar com seriedade e apresentar uma proposta digna que contemple reivindicações simples e totalmente possíveis de serem atendidas como o aumento real, a PLR e o piso maiores, melhores condições de trabalho. Os trabalhadores da categoria estão de parabéns. Vamos continuar resistindo até que nossas justas reivindicações sejam atendidas", disse Juvandia.
Greve no Banrisul em São Paulo é forte
Os funcionários do Banrisul estão fortalecendo a luta da categoria com paralisação em todas agências localizadas em São Paulo. Cinco estão na capital. Na região da Lapa a adesão dos trabalhadores à greve é de 100%.
"Nossa greve em São Paulo está forte, mesmo com a pressão de gestores. Estamos recebendo denúncias de que estão ligando para os funcionários causando constrangimento. Os bancários não vão aceitar pressão e vão continuar exercendo seu direito constitucional de greve", afirma o funcionário do Banrisul e dirigente sindical José Roberto Machado.
Representantes dos trabalhadores e a direção do Banrisul têm negociação marcada para discutir questões específicas nesta quarta-feira dia 6.
Fonte: Seeb São Paulo