A grande maioria dos participantes do grupo que discutiu a Organização do Movimento no 21º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil decidiu defender a manutenção da Campanha Nacional Unificada, com mesas concomitantes de negociação geral com a Fenaban e específicas com as corporações, como o BB.
Desde 2004 a campanha salarial é realizada com uma mesa geral de negociação com a Fenaban, em torno das reivindicações comuns aos trabalhadores do ramo financeiro. Simultaneamente, há negociação das questões específicas em mesas próprias (temáticas ou permanente) com as empresas, entre as quais o BB. Desta vez, sugere-se também a inclusão de novas mesas temáticas no acordo coletivo. A unidade na luta promovida pela Contraf-CUT, reunindo várias outras entidades, tem sido bem-sucedida, levando a avanços nas conquistas neste anos.
Entre as inúmeras propostas apresentadas pelo grupo para a Organização do Movimento neste ano estão:
– Intensificação de atos e mobilizações pelos sindicatos e paralisações específicas, de acordo com a pauta de negociações por corporação, já em junho, para demonstrar o descontentamento com a direção do banco que não cumpre os acordos, desvaloriza o bancário e desrespeita usuários e clientes;
– Unificação das atividades durante a Campanha Salarial (a ser deflagrada após a Conferência Nacional dos Bancários em julho) com assembléias, paralisações e atos conjuntos;
– Defesa do fortalecimento da organização por local de trabalho com eleição de mais delegados sindicais, assegurando no mínimo um delegado por dependência seja qual for a quantidade de funcionários lotados nela;
– Efetivação das negociações pelo Comando Nacional, assessorada pela Comissão de Empresa dos Funcionário.
Eleições e projeto dos trabalhadores
Por entender que a luta vai além das questões economicistas e que a categoria bancária deve manter-se à frente dos embates políticos nacionais , os participantes do grupo concordam, diante da proximidade da campanha eleitoral, com a necessidade do engajamento na defesa de um projeto político de interesse dos trabalhadores e para o desenvolvimento econômico e social do país, com geração de emprego e renda.
No entanto, ficou para a plenária de domingo a decisão de apoio à candidatura de Dilma Roussef à Presidência da República com objetivo de dar continuidade às mudanças e avanços verificados no governo Lula.
Fonte: Robinson Sasaki / Rede de Comunicação dos Bancários