Manuel Porto

Os delegados do 23º Congresso Nacional dos Funcionários do BNB, que acontece no Mar Brasil Hotel, em Itapuã, Salvador (BA), se dividiram, neste sábado (8), em quatro grupos de trabalho para aprofundar os debates sobre as principais demandas dos funcionários e elencar as prioridades.

O grupo 1 colocou em debate o futuro do emprego. O coordenador Fernando Antônio da Silva explicou que o grande norte das discussões foi a garantia de isonomia para os funcionários do BNB. “Falamos sobre medidas que podem ser tomadas para motivar a carreira do bancário através do Plano de Cargos e Funções, além de outras cláusulas específicas. É importante lembrar que não abrimos mão dos nossos direitos já adquiridos”.

Saúde, Previdência e condições de trabalho foram os temas principais abordados pelo grupo 2. Coordenada por Alexandre Timoteo, a discussão girou em torno do assédio moral, revisão, e atualização do Plano BD Capef e custeio CAMED. Sobre o assunto, Alexandre disse que os bancários enfrentam diversos problemas com o plano de saúde. “O atendimento é deficitário e a cobertura, reduzida, já que muitos médicos se descredenciaram. Além disso, o custeio por parte funcionários, muitas vezes, tem sido alto. O BNB tem condições de resolver a questão”, disse.

Marcus Vinicius Santana, coordenador do grupo 3 – cujo tema foi Defesa dos bancos públicos – reforçou que o congresso representa um encontro de muita importância frente ao projeto neoliberal do governo Temer. “Temos primado pela inclusão do nosso posicionamento enquanto categoria, na minuta de reivindicações, principalmente o combate à terceirização. E o Banco do Nordeste está extremamente ameaçado. Antes da aprovação da lei da terceirização e da proposta de reforma trabalhista, a empresa já tinha setores com atividades bancárias terceirizados, como o Agroamigo e o Crediamigo”. Para ele, a prática resultará em demissões e redução de salários.

O grupo 4 discutiu as estratégias de resistência e disputa da sociedade. “A unidade dos trabalhadores é fundamental para barrar a ofensiva do governo, que implementa propostas que reduzem direitos. Estamos procurando agregar nossas forças para fortalecer a luta. Acredito que juntos, unidos, conseguiremos a vitória”.

No período da tarde, a programação do 23º Congresso Nacional, que começou nesta sexta-feira (7), conta com a plenária corrente e a plenária final. Ao todo, 116 delegados participam do evento.

Fonte: Contraf-CUT