Se dependesse da torcida bancária, o Brasil iria para as semifinais. Mas, infelizmente, o sonho acabou! Por mais clichê que seja a expressão, não há outra para exprimir o sentimento do torcedor.
Hexa agora, só no Brasil em 2014. A Seleção Brasileira perdeu para a Holanda nesta sexta-feira, dia 02, e deixa a Copa do Mundo 2010 nas quartas de final, como há quatro anos atrás, na Alemanha. De virada, os holandeses fizeram 2 a 1, no estádio Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth, e se credenciaram a enfrentar Uruguai ou Gana nas semifinais, na próxima terça-feira, 06.
ERA DUNGA – A “Era Dunga” na casamata verde-amarela termina na África do Sul representada pelo fracasso de um dos seus homens de confiança. De herói a vilão, Felipe Melo (foto) deu o passe para o gol brasileiro no primeiro tempo, fez gol contra e foi expulso na etapa final, quando o Brasil já perdia. Explicações? A CBF tem quatro anos para encontrar até o Mundial em território tupiniquim…
Um herói, um vilão
O Brasil começou a todo o vapor. Ligado. Robinho não queria saber de brincadeira e foi logo encarando a zaga holandesa. E estava mesmo a fim. Aos 07 minutos, Maicon deu para Daniel Alves, impedido, lançar para o atacante que não quis nem saber se o jogo estava parado. Mandou a bola para as redes. Gol anulado.
Aos 10 minutos, Felipe Melo começaria a se tornar protagonista. Com um belo lançamento, deixou Robinho na cara do goleiro Stekelenburg. O atacante só teve o trabalho de deslocá-lo, de primeira, e abrir o placar. Parecia que seria fácil. Com mais posse de bola, a Seleção Brasileira deixou de garantir a vaga. Não criava. A displicência custaria caro na etapa final.
VIRADA HOLANDESA – Quem voltou ligada para o segundo tempo foi a Holanda. Marcando forte e mantendo a posse de bola. A estratégia deu certo. Aos 08 minutos, Michel Bastos fez falta em Robben. Na cobrança rápida, Sneijder cruzou para a área e ele, Felipe Melo, fez contra. Desviou de cabeça e tirou das mãos de Julio Cesar.
Os brasileiros sentiram o golpe. Não se acharam mais em campo. Resultado: virada holandesa, lógico. Foi aos 22 minutos. Robben cobrou escanteio, Kuyt desviou e Sneijder fez de cabeça. Holanda 2 a 1. Seis minutos depois, o vilão surgiria novamente. Felipe Melo fez falta em Robben e pisou no adversário, no chão. Acabou expulso.
O final foi constrangedor. Sem opções no banco, Dunga trocou Luis Fabiano por Nilmar. Seis por meia dúzia. Sem efeito. Os holandeses só não ampliaram porque não quiseram e o Brasil teve uma única chance de empatar, com Gilberto Silva, aos 35 minutos. Nada mais. No confronto histórico em Copas, a Holanda fica com duas vitórias (1974/2010), contra duas brasileiras (1994/1998).
Fonte: SEEB – PB, com Felipe de Oliveira felipe@novohamburgo.org (Siga no Twitter)