O gerente de produção de um fábrica de chocolates de Gramado, Andre Luis Souza Moreira, 32 anos, foi executado com um tiro pela quadrilha que explodiu um caixa eletrônico do Banco do Brasil localizado junto ao estacionamento de uma indústria de calçados, em Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu logo depois de ingressar no hospital da cidade. Os criminosos que explodiram o equipamento no começo da madrugada de domingo (30) fugiram levando dinheiro.

Moreira, morador de Canela, estaria jantando com uma jovem em Nova Petrópolis. Por volta da 1h, retornava para Canela, pela rodovia Nova Petrópolis-Canela (ERS-235), no bairro Piá, conduzindo um Golf. Ao passar pela fábrica da Dakota, teria avistado homens junto a um caixa eletrônico que fica na entrada do estacionamento da empresa, mas que pode ser acessado pelo público. Moreira não teria dado importância à movimentação e continuado a viagem.

Naquele instante, vigilantes da Dakota já haviam telefonado para a Brigada Militar informando que pelo menos três homens estavam mexendo no caixa. Eles teriam chegado em um carro prata – um Fox ou um Focus – que seguia em direção a Canela.

Criminosos espalharam miguelitos durante fuga

O bando teria demorado cerca de três minutos para arrombar a porta do caixa, instalar os explosivos e detonar o prédio. A ação teria sido presenciada apenas pelos dois vigilantes, já que aquele trecho da rodovia é quase desabitado.

Mesmo quilômetros adiante, Moreira, funcionário da Lugano, uma das maiores fábricas de chocolate da Serra, teria ouvido a explosão e decidido dar meia volta e retornar a Nova Petrópolis para descobrir o que havia acontecido. Próximo à empresa, ele foi recebido a tiros.

Alguns disparos acertaram a lataria do carro. Um dos tiros atravessou o vidro da porta e atingiu o motorista na cabeça.

Moreira ainda dirigiu por alguns metros antes de perder a consciência. A jovem que o acompanhava não se feriu.

Depois de balear o rapaz, os criminosos fugiram em direção a Gramado e espalharam pregos retorcidos (miguelitos) na pista para evitar perseguição da polícia.

Fonte: Contraf-CUT com Zero Hora