Ao chegar para uma visita rotineira à agência do HSBC, que fica no centro de João Pessoa, Marcelo Alves e Washington Luiz, diretores do Sindicato e funcionários do banco, foram informados que, por falta de caixas e temendo pela segurança, a agência não iria funcionar nesta terça-feira. De imediato, os sindicalistas ligaram para os procons e solicitaram a fiscalização no estabelecimento bancário. 

 

"Há muito tempo que estamos cobrando do HSBC a contratação de mais bancários e a direção do banco inglês não tem dado a mínima, nem para o Sindicato, nem para os clientes e funcionários, que estão adoecendo ante a pressão, o assédio moral dos clientes e o estresse", ressaltou Marcelo Alves. 

 

A agência em questão já está há mais de dois meses sem o gerente titular, sendo substituído desde então por uma gerente PJ, recem contratada no mercado. Além de responder pela agência, sem um conhecimento mais profundo sobre o banco, a gerente substituta também tem de conduzir a contento sua carteira de clientes Pessoa Jurídica. 

 

Outro ponto de estrangulamento na agência é o fato de o banco ter demitido dois caixas, no final do ano passado, sem contratar outros funcionários para atender à demanda. Essa defasagem tem causado o adoecimento dos bancários, que têm de se desdobrar para prestar o atendimento que podem aos clientes e usuários. "É humanamente impossível, o funcionário ter de atuar em diversas frentes, além de acumular várias funções ao mesmo tempo; daí a precariedade no atendimento do HSBC na Paraíba", desabafou  Washington.  

 

Emprego – As demissões efetuadas pelo banco inglês têm sido um dos grandes problemas enfrentados pelos trabalhadores, pois reflete diretamente no acúmulo de trabalho na maioria das agências. “Temos acompanhado os protestos dos nossos companheiros em todo o país, por conta da eliminação de 1.836 postos de trabalho no HSBC, entre junho de 2011 e junho de 2012. Assim, fica difícil oferecermos um atendimento de qualidade à sociedade", enfatizou Marcelo Alves.

 

Ele também chamou a atenção para o descontentamento e a falta de motivação no seio do banco, por conta de questões como: alterações feitas unilateralmente no plano de saúde dos funcionários, acarretando prejuízos; o desconto da PLR dos programas próprios do banco, que acaba excluindo alguns colegas do benefício. "É por isso que vamos intensificar a luta pela contratação de mais bancários no HSBC, denunciar o descaso do banco à população, através de protestos, atos públicos e paralisações, e solicitando a intermediação do Ministétio Público em defesa dos bancários e da sociedade", concluiu.

 

Fonte: SEEB – PB