A falta de funcionários no HSBC é um sério problema em todo o país, que está sendo acentuado cotidianamente com as demissões realizadas pelo banco. Só entre janeiro e maio deste ano, o HSBC demitiu 270 trabalhadores em Curitiba e região. Este número não leva em consideração os pedidos de desligamento do banco, o que é cada vez mais comum.
Durante os atendimentos prestados pela Assessoria Jurídica e Secretaria de Saúde, os bancários se queixam de sobrecarga de trabalho, metas abusivas e falta de respeito dos gestores. O problema é sistêmico. A sobrecarga piora as condições de trabalho, fazendo com que os bancários não consigam cumprir as metas, o que gera demissões ou ainda, que se sintam motivados a sair da empresa.
Desvalorização – Apesar do resultado positivo do banco, a desvalorização dos trabalhadores é um problema identificado em todo o país. Conforme o balanço divulgado em março deste ano, o ativo total do HSBC no Brasil aumentou 58% em 2008, avançando de R$ 70,75 bilhões para R$ 112,1 bilhões.
Os relatos dos dirigentes sindicais do HSBC, que participaram do Encontro Nacional realizado em junho em Curitiba, são de trabalhadores mal remunerados, que não possuem um plano de cargos e salários que assegure transparência e clareza no processo de ascensão profissional e que tem fortes queixas sobre o relacionamento profissional com seus pares e gestores.
Reunião será dia 28 – Demissões, falta de funcionários e desvalorização serão os temas principais da reunião entre o atual presidente do HSBC, Conrado Engel e o movimento sindical. O agendamento deste encontro foi uma das deliberações do Encontro Nacional. Os dirigentes sindicais pretendem cobrar diretamente do "cabeça" do banco providências em relação à estes problemas. "Também queremos exigir melhorias no programa próprio de remuneração variável do banco (PPR), previdência complementar, Plano de Cargos e Salários e a revisão da postura do HSBC em relação ao Papa-filas", lembra Carlos Alberto Kanak, dirigente sindical e coordenador nacional da Comissão dos Empregados do HSBC.
Fonte: Patrícia Meyer – Seeb Curitiba