HSBC demite dirigente sindical na capital acreana

Contra a demissão arbitraria do bancário Ezequiel Souza Drumond, funcionário do HSBC e diretor do Sindicato dos Bancários do Acre, a unidade do banco inglês teve o atendimento suspenso nesta sexta-feira (6), em Rio Branco-AC.

Cedo da manhã, diretores sindicais panfletaram na porta do banco e, ao mesmo tempo, denunciaram a truculência da instituição ao desligar um dirigente sindical e, assim, conspirar contra a organização dos trabalhadores no país. O ato contou ainda com a solidariedade da presidente da Central Única dos Trabalhadores, professora Rosana Nascimento, que lamentou a decisão da empresa em desligar um dirigente sindical que goza de estabilidade, conforme a legislação do país. ‘Estou aqui para prestar minha solidariedade ao companheiro Ezequiel Drumond e denunciar esse banco inglês por prática antissindical’, comentou a sindicalista. 

Entenda o caso

Ezequiel Souza Drumond foi demitido pela direção do HSBC no dia 29 de abril, sem justa causa ou justificativa plausível.

Conforme a legislação, o dirigente sindical poderá ser demitido somente se cometer falta grave, definida e regulada pelo art. 482, da CLT, devidamente apurada nos termos da lei, através de inquérito judicial prévio, algo não ocorrido no caso de Drumont.

Avaliação

Na avaliação do presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela, está caracterizado prática antissindical por parte do HSBC na demissão do sindicalista.

Ezequiel Drumont teve frequência livre por mais de três anos na direção do Sindicato, mas no mês de abril, resolveu retornar suas atividades na unidade do HSBC, na cidade de Rio Branco. O bancário, porém, de forma surpreendente, foi avisado na sexta-feira (29) do seu desligamento da empresa.

Na terça-feira (3), o Sindicato entrou em contato com o banco exigindo a imediata readmissão do bancário. Porém, o banco manteve a decisão do desligamento do dirigente.  Com isso, o bancário já busca sua reintegração na empresa via ação judicial.

Por fim, o Sindicato ressalta que a demissão de Ezequiel Drumont abre um perigoso precedente contra os trabalhadores. “Não podemos admitir esse desrespeito com os direitos dos trabalhadores”, comentou Edmar Batistela.