A promessa de uma carreira promissora e de ganhar o segundo maior salário da agência fez com que o ex-bancário confiasse no RH que o escolheu durante o processo seletivo. Contratado para o cargo de gerente premier, foi submetido a todos os procedimentos para admissão, como entrevista e exame admissional, ficou três dias na agência para conhecer o funcionamento e ainda passou por treinamento de 15 dias em Curitiba.
"Como o banco alega que esse profissional, depois de ter tido treinamento, e em apenas dois meses, não possui o perfil para o cargo por não conseguir bater metas?", questiona a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Liliane Maria Santos Fiúza.
"O banco deveria ter remanejado o funcionário para outro departamento e não ter demitido sem justa causa por ter tido baixo desempenho no emprego. Foi um período muito curto para ele apresentar bom resultado."
Procurada pelo ex-bancário, a dirigente sindical pode notar que a demissão não foi porque o bancário não bateu metas, mas porque um dos gerentes não gostou dele.
"O trabalhador contou que eles não se davam muito bem desde quando entrou para a agência. Disse que era perseguido e que o gerente já havia avisado que não estava gostando de seu desempenho. Acredito que seja esse o verdadeiro motivo da demissão", diz Liliane. "Mas, acho que o banco errou. Deveria ter chamado o funcionário para uma conversa e dado mais uma chance em outro departamento."
O Sindicato entrou em contato com o setor de Relações Sindicais do HSBC, exigindo explicações sobre os motivos que provocaram a demissão do trabalhador.
Fonte: Seeb São Paulo