Mais uma vez, o HSBC liderou a lista mensal de reclamações dos clientes ao Banco Central (BC), agora em maio. A principal queixa foi a cobrança irregular de tarifas. Os problemas no atendimento e os questionamentos sobre o CET (Custo Efetivo Total) dos créditos também levaram os clientes a procurar o BC.

No ano passado, a instituição financeira conseguiu a "proeza" de liderar o ranking dos mais reclamados por nove meses, além de um segundo lugar.

Para Sérgio Siqueira, diretor da Contraf-CUT e funcionário do HSBC, se o banco quer melhorar seus resultados no Brasil, precisa investir na contratação e valorização de bancários. "O banco inglês precisa ‘colocar mais fichas’ em seus trabalhadores. Hoje a situação dos funcionários do HSBC é de sobrecarga de trabalho, falta de perspectiva e pressão constante, levando ao desenvolvimento de doenças profissionais. A falta de funcionários é gritante, o que leva o banco ser há mais de um ano líder em reclamações no Banco Central", avalia. "Enquanto o banco inglês não tratar seus trabalhadores de maneira digna os resultados no Brasil não vão se alterar de maneira significativa", acrescenta.

No Banco do Brasil, que ficou em segundo lugar em maio, os clientes reclamaram de débitos indevidos. Os correntistas também se queixaram sobre o fornecimento de informações e sobre prazos não cumpridos.

No Itaú, que ficou na terceira posição, os principais motivos foram cobrança irregular de tarifas, débitos indevidos e o atendimento. No Bradesco, o quarto colocado no ranking do BC, a maior queixa dos clientes foi sobre a liquidação antecipada de débitos.

Na seqüência, a Caixa Econômica Federal registrou reclamações sobre golpes, saques e débitos. O Santander, que ficou em sexto lugar, teve queixas sobre transferências e encerramento de contas.

Fonte: Agência Brasil e Seeb São Paulo