Um juiz federal dos Estados Unidos aprovou na terça-feira (2) uma proposta de acordo de 1,92 bilhão de dólares entre o HSBC e autoridades do país que investigam acusações de que a instituição financeira teria violado leis contra lavagem de dinheiro.

Apesar de citar “fortes críticas do público” sobre o acordo, que permite ao HSBC escapar de processo criminal, o juiz distrital John Gleeson, em Nova York, considerou a decisão como “simples, pois representa um grande acordo”.

Gleeson decidiu na segunda-feira (1º), depois de mais de seis meses de análises, por rejeitar argumentos do governo norte-americano e do HSBC de que juízes federais “não têm autoridade” sobre aprovação ou implementação de acordos como o acertado com a instituição.

O acordo, anunciado em 11 de dezembro do ano passado, incluiu confisco de 1,256 bilhão de dólares e 665 milhões de dólares em multas.

Ele encerrou acusações que afirmavam que o HSBC tinha degenerado ao se transformar em uma das “instituições financeiras preferenciais” de cartéis de drogas do México e da Colômbia, além de se envolver em lavagem de dinheiro e outros delitos considerados pelo Departamento de Justiça dos EUA como “falhas incríveis de supervisão”.

O HSBC reconheceu problemas em seus controles, incluindo falha em manter um programa efetivo contra lavagem de dinheiro e na condução de transações em nome de clientes em Burma, Cuba, Irã, Líbia e Sudão, países sob sanções dos EUA.

A pena de 1,92 bilhão de dólares representou a maior punição dos EUA contra um banco, superando os 780 milhões de dólares impostos em 2009 contra o suíço UBS em uma investigação sobre evasão fiscal.

Fonte: Reuters